qual mecanismo de ação de lymphagion da drenagem linfática?
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A Drenagem Linfática Manual
ESTETICA
A drenagem linfática manual começou a ser estudada por Winiwarter em meados de 1890. Por volta de 1940, Emil Vodder e sua esposa Estrid desenvolveram a prática da drenagem linfática na Áustria, observando sucesso no tratamento de pacientes com estados gripais crônicos através de estimulação suave nos linfonodos cervicais.
Em 1967 foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual, incorporada em 1976 à Sociedade Alemã de Linfologia. Muitos grupos aderiram à técnica e passaram a difundi-la, acrescentando contribuições individuais, como Foldi na década de 60, Leduc na década de 70 e atualmente pesquisadores como Ganância e os brasileiros Godoy e Godoy. A ação da drenagem linfática manual, definida a partir de experimentos realizados em animais, foi verificada por numerosos estudos na clínica humana e modernamente difundiu-se por todo o mundo e é utilizada em diversos serviços de saúde para o tratamento de muitas patologias (Baracho, 2002).
Conceitos gerais
A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem altamente especializada, representada por um conjunto de manobras suaves, lentas e rítmicas muito específicas, que atuam basicamente sobre o sistema linfático superficial, visando drenar o excesso de líquido acumulado no interstício, nos tecidos e dentro dos vasos, através das anastomoses superficiais. Objetiva aumentar a atividade linfocinética dos canais linfáticos normais e a motricidade do linfangion além do relaxamento e/ou amolecimento do tecido conjuntivo alterado (Foldi,1995).
Para ser efetiva, a drenagem linfática manual deve ser aplicada por profissional habilitado em linfoterapia, que conheça bem a anatomia, fisiologia e patologias linfáticas e que saiba aplicar com segurança todos os componentes da técnica. Ao executar a drenagem linfática manual é preponderante observar aspectos como o ritmo, a característica e a pressão das manobras, a harmonia dos movimentos e o sentido orgânico do fluxo linfático. Se corretamente executada, a drenagem pode estimular a abertura dos linfáticos iniciais e aumentar o volume do fluxo da linfa em até 20 vezes (Foldi,1995).
Efeitos da drenagem linfática manual
Os efeitos da drenagem linfática estão baseados nos mecanismos fisiológicos de pressões existentes entre os tecidos e os vasos sanguíneos e linfáticos. O sistema neuro vegetativo, o sistema imunológico e o sistema vascular sofrem influência direta desta técnica. Entre os principais efeitos estão:
• Move o fluido tissular para dentro dos linfáticos iniciais, aumentando a formação da linfa e a capacidade de processamento de linfa nos gânglios linfáticos (Casley-Smith, Boris e Weindorf, 1998);
• Favorece a evacuação de macromoléculas e aumenta o fluxo de nutrientes (Leduc e Leduc, 2000);
• Estimula a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos (IBRAPE, 2001);
• Exerce efeito vagotônico com ação sedante e analgésica sobre as estruturas tratadas, devido à ativação do sistema nervoso parassimpático (Viñas, 1998);
• Produz relaxamento das fibras musculares (Gallego e Expósito, 1993);
• Melhora as condições de absorção intestinal (IBRAPE, 2001);
• Reduz o edema, através da remoção de líquido edematoso dos espaços teciduais para os vasos linfáticos (IBRAPE, 2001);
• Facilita a reabsorção de hematomas e equimoses (IBRAPE, 2001);
• Melhora a distribuição hormonal (Winter, 2004);
• Melhora a resposta defensivo – imunitária (Viñas, 1998);
• Promove relaxamento local e geral (Winter, 2004);
• Analgesia (IBRAPE, 2001).
Segundo LEDUC e LEDUC (2000), a drenagem linfática influencia diretamente:
• Às respostas imunes: estimulando a produção e a renovação das células de defesa do organismo;
• À velocidade de filtração da linfa: a drenagem linfática induz o aumento do fluxo linfático e consequentemente proporciona o aumento da velocidade com que a linfa passa pelo linfonodo;
• Filtração e absorção dos capilares sanguíneos: a pressão exercida pela massagem, sobretudo na fase de captação atua também sobre o sistema circulatório sanguíneo;
• Quantidade de linfa processada pelos gânglios linfáticos: em decorrência do aumento do fluxo linfático e do volume de linfa circulante, a quantidade de linfa processada pelos gânglios será maior;
• Motricidade intestinal: as massagens abdominais realizadas no trajeto intestinal aumentam a motricidade das alças e as condições de absorção intestinal;
• Sistema nervoso autônomo: a drenagem linfática exerce efeito vagotônico com ação sedante e analgésica sobre as estruturas tratadas, devido à ativação do sistema nervoso parassimpático;
• Previne a formação de fibrose tecidual: através da remoção de proteínas do interstício;
• Promove um retorno mais rápido da sensibilidade fina dos retalhos decolados em cirurgias.
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