Qual foi o processo de desenvolvimento do Brexit?
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O ano de 2019 foi o mais complicado, pois as diferenças entre os políticos britânicos se tornam mais evidentes, pois era preciso que o plano de saída da União Europeia fosse aprovado pelo Parlamento britânico.
Por outro lado, o Parlamento britânico garantiu em 13 de março de 2019, que o Reino Unido não sairia sem acordo. Esta era uma proposta defendida por muitos membros do próprio partido de Theresa May.
No entanto, em 12 de março de 2019 e, posteriormente, no dia 25 do mesmo mês, o Parlamento britânico rejeitou o plano apresentado pela então primeira-ministra Theresa May para se retirar da União Europeia.
Sem conseguir consenso no Parlamento, Theresa May teve que pedir uma nova prorrogação à União Europeia. Assim, a data prevista para a saída do Reino Unido seria 31 de outubro de 2019.
Com sua posição enfraquecida, May demitiu-se do cargo. A lei britânica não previa a convocação de novas eleições e sim uma substituição dentro do próprio partido cujo escolhido foi Boris Johnson.
O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é um conhecido defensor de um "brexit duro", ou seja: retirar o Reino Unido da União Europeia sem fazer qualquer tipo de acordo.
A fim de pressionar os deputados, Johnson pediu a Rainha Elizabeth II que adiasse a abertura oficial do Parlamento, que acontece em setembro, para 14 de outubro. A proposta foi aceita pela soberana e milhares protestaram nas ruas contra o "fechamento" do parlamento britânico, mas o premiê não voltou atrás.
O objetivo de Boris Johnson era impedir a articulação da oposição.
No entanto, os primeiros debates realizados pelo primeiro-ministro no Parlamento se revelaram um fracasso. O Partido Conservador perdeu um dos seus deputados e outros 21 parlamentares foram suspensos por indisciplina.
Além disso, o Parlamento rejeitou, mais uma vez, o projeto de um Brexit sem acordo.
A fim de conseguir mais respaldo para sua ideia, Boris Johnson dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições gerais. O resultado foi uma esmagadora vitória para os conservadores que conquistaram a maioria absoluta dos deputados e assim puderam seguir com as negociações do Brexit.
Após intensas negociações com os 27 países da União Europeia, o Reino Unido conseguiu um acordo para a saída desse bloco econômico, em 16 de outubro de 2019.
Desta vez, estão garantidas a livre circulação de pessoas e mercadorias entre a fronteira da República da Irlanda e da Irlanda do Norte. No entanto, o novo acordo prevê o fim do status especial para o Reino Unido e o torna um rival econômico.
O projeto foi aprovado no Parlamento britânico no mesmo mês. Porém, os parlamentares não se recusaram a debater o texto em apenas dois dias e obrigaram ao primeiro-ministro pedir um adiamento de três meses à União Europeia.
Como consequência, Johnson teve que concordar e, desta vez, a data para o Brexit foi estipulada para 31 de janeiro de 2020.