Artes, perguntado por if7519775, 4 meses atrás

Qual foi o objeto que surgiu para suprir a necessidade da arte na representação da realidade​

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Respondido por ac3706824
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Resposta:

Explicação:

Professora do Departamento de Planejamento e Administração Escolar da Universidade Federal do Paraná

Esta questão tem ocupado por décadas os educadores da área de Educação Artística (particularmente a partir dos anos 80, no processo de revisão dos currículos escolares), com o objetivo de justificar a importância desta disciplina na escola básica.

Contudo, estes esforços não têm convencido a maioria dos professores e alunos, a começar pela prática pedagógica que se desenvolve, mantendo a impressão de inutilidade, de perda de tempo, de "coisa supérflua". Que importância tem ficar desenhando, fazendo cartões para o dia das mães, ou bandeirinhas para as festas de São João? Devia é ter mais tempo para a leitura, a escrita, o cálculo... Esta posição é assumida até mesmo pelos dirigentes, quando por exemplo, na ocasião da revisão do Núcleo Comum dos Currículos, em 1986, Secretários de Educação de todo o país propuseram a exclusão da Educação Artística.

Esta situação nos remete novamente à questão colocada no início do texto e que parece não ter sido respondida satisfatoriamente. Afinal de contas, para que serve a arte? Para que serve a música, o teatro, a dança, as artes plásticas, o cinema? A resposta mais comum diz respeito ao prazer, ao lazer, ao deleite do espírito, e tem reforçado a idéia de "coisa supérflua", de luxo, de ocupação ociosa para quem tem tempo (e dinheiro) para freqüentar teatros, cinemas e galerias. Para a grande maioria, que não consegue nem ao menos o seu sustento básico, não é importante.

Só reconhecem a importância da arte os artistas e educadores da área, que enfatizam seu papel no desenvolvimento da famigerada criatividade, da expressão das emoções, das habilidades sensíveis e que chegam até ao limite de propor a arte como fundamento para a aprendizagem de todo e qualquer conhecimento.

De certa forma, esta defesa acaba reforçando a idéia do supérfluo. Que importância tem conhecer Mozart ou Leonardo da Vinci, ser sensível e criativo, para o mundo do trabalho, na época dos computadores e satélites? Ou, que importância tem a música erudita, o balé clássico ou a pintura cubista, para uma multidão de analfabetos? Cultura inútil!

No entanto, a arte sobrevive - inutilmente ou não, todo mundo ouve música, danç

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