Qual foi o acontecimento marcante, que introduziu definitivamente as
idéias modernistas no Brasil
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Resposta:
O Modernismo no Brasil foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. Foi desencadeado a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas na Europa no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. Essas tendências denominavam-se de vanguardas europeias, e a principais delas foram o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo.[1] Essas novas linguagens modernas trazidas pelos movimentos artísticos e literários europeus foram sendo aos poucos assimiladas pelo contexto artístico brasileiro, mas colocando em enfoque elementos da cultura do país, pois havia uma necessidade de valorização do que era nacional.
De acordo com alguns estudiosos, Recife foi pioneira desse movimento artístico no Brasil, através das obras de pintores pernambucanos do começo do século XX como Vicente do Rego Monteiro, da poesia de Manuel Bandeira, da sociologia de Gilberto Freyre, de manifestações da cultura popular como o frevo e o cordel e das mudanças urbanísticas ocorridas na cidade naquele período. Para o crítico de arte Paulo Herkenhoff, ex-curador adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova York, "a historiografia da cultura de Pernambuco tem o desafio de enfrentar o colonialismo interno e o apagamento de sua história".[2]
A história oficial da arte brasileira considera a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no ano de 1922, como o ponto de partida do Modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores: eram “ataques constantes ao passado, ao romantismo, ao realismo, ao parnasianismo [...]”[3]; foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco.
Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira, chamada de Heroica, foi a mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior; uma fase cheia de irreverência e escândalo. A segundo, mais amena, denominada Geração de 30, formou grandes romancistas e poetas; uma fase marcada pela preocupação social e política e pelo regionalismo, destacado principalmente na prosa da região nordeste. Quanto a terceira fase, chamada Pós-Modernista por vários autores (ou também conhecida como Geração de 45), que se opunha de certo modo a primeira fase e era por isso ridicularizada com o apelido de Parnasianismo, tinham por característica ser híbrida em estilos, mas o que se destacou nela foi sua maior preocupação com a estética, cujo gênero literário predominante foi a poesia.
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