Qual foi a posição do Brasil diante da disputa entre os EUA e a URSS? explique.
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É possível dizer que o Brasil se alinhou aos EUA durante a Guerra Fria na maior parte do tempo. Durante o governo Gaspar Dutra (1946-1951) o país cortou relações diplomáticas com a URSS, algo que nem mesmo os americanos chegaram a fazer. Posteriormente na década de 60 a elite nacional e militar novamente se alinhou aos interesses americanos e promoveu um golpe de estado (1964-1985), com a justificava de impedir o avanço comunista em terras brasileiras. Na verdade esse golpe esteve de acordo com a Operação Condor, operação promovida pela CIA para instaurar ditaduras militares em toda a América Latina, impedindo a influência soviética, visto que esses regimes respondiam direta ou indiretamente aos interesses dos EUA. Durante os governos militares houve maior ou menor adesão às políticas dos EUA dependendo do Presidente que estava no poder, porém é possível afirmar que o Brasil esteve do lado dos EUA na maior parte do tempo na disputa contra a URSS.
Bons estudos!
Resposta:
Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), iniciou-se a Guerra Fria, uma disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foi uma intensa guerra ideológica, econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência, que estabeleceu a divisão do mundo em dois blocos, com sistemas econômicos, políticos e ideológicos divergentes: o chamado bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco comunista, liderado pela União Soviética. Essa disputa influenciou diretamente nas políticas de vários países, inclusive do Brasil.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil integrou o bloco capitalista, no entanto, a partir de 1961 o presidente João Goulart (Jango) desenvolveu uma política externa independente do apoio das superpotências da Guerra Fria. Jango fortaleceu os movimentos sindicais, estudantis, camponeses e populares. Além desses fatos, o então presidente promoveu uma aproximação política entre o Brasil e a União Soviética, o que desencadeou atritos com as lideranças políticas, econômicas e militares do Brasil.
Em fevereiro de 1964, Jango anunciou as reformas de base, que consistia num conjunto de reformas sociais que incluía a reforma agrária. Sua política preocupou bastante a classe burguesa do Brasil e os investidores estadunidenses, esse clima era propício para um golpe de estado. Em 31 de março de 1964, o presidente foi deposto por um golpe militar que teve apoio decisivo da elite conservadora brasileira e da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).
Instalou-se no Brasil uma ditadura militar que governou o país por duas décadas (1964 – 1985), esse período se caracterizou pela censura à imprensa, movimentos culturais e sociais, a repressão aos opositores do regime militar, institucionalização da tortura, entre outros fatores.