História, perguntado por Edmilsonsasa10O, 1 ano atrás

qual foi a crise do governo de João goulart.

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Respondido por vjcartney
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Como se não bastassem as acusações que militares e udenistas havia anos lhe faziam, no momento em que Jânio renunciou, João Goulart estava na China Comunista. Embora se tratasse de uma visita oficial, eram tempos de guerra fria e Jango sempre fora visto como o “líder da república sindicalista”, um comunista travestido de democrata.

O próprio Jânio parecia compartilhar dessa opinião e tentou o blefe da renúncia por achar que nem os militares nem o Congresso entregariam o país “a um louco que iria incendiá-lo”. Mas não havia ninguém ao lado de Jânio e a encenação falhou. Isso não significava, porém, que os ministros militares e os conservadores em geral estivessem dispostos a deixar o mais destacado político do final da era Vargas tomar o poder. Mas, além do Congresso se negar a vetar a posse de Jango, o general Augusto Lopes, chefe do 3º Exército (com sede no RS), instigado pelo governador Leonel Brizola, declarou-se disposto a pegar em armas para garantir o cumprimento da Cosntituição.

A crise foi contornada com a criação de uma comissão no congresso que propôs a diminuição dos poderes do presidente e a adoção de um regime parlamentarista. Assim sendo, depois de tortuosa viagem de volta, Jango cehgou ao Brasil em 31 de agosto de 1961 e, no aniversário da Independência, tomou posse em Brasília. A situação estava parcialmente resolvida. Tancredo Neves foi nomeado primeiro-ministro. Em julho de 1962, Tancredo renunciou e houve nova crise quando Jango quis nomear San Tiago Dantas (favorável ao afastamento dos EUA e à Aliança com nações socialistas). No final, Brochado da Rocha assumiu o cargo. Em janeiro de 1963, um plebiscito deu ampla vitória ao presidencialismo (9 milhões de votos) sobre o parlamentarismo (2 milhões). E Jango virou presidente de verdade.

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