História, perguntado por samillylimaamarilhav, 10 meses atrás

qual era a relação de Cuba com os países americanos logo após a revolução cubana?como está essa relação nós dias atuais?

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Respondido por josevaledematosneto
1

Resposta:

Desde antes dos movimentos de independência dos dois países, norte-americanos e cubanos já tinham interesses em comum. Planos de comprar Cuba do Império Espanhol eram sempre discutidos nos Estados Unidos. À medida que a influência espanhola declinava no Caribe, os Estados Unidos foram gradualmente conquistando uma posição de domínio econômico e político sobre a ilha, com grande maioria das explorações de investimento estrangeiro e a maior parte das importações e exportações em suas mãos, bem como uma forte influência sobre os assuntos políticos internos cubanos.

Após a Guerra Hispano-Americana, que obrigou a Espanha a renunciar os seus direitos soberanos sobre Cuba, as forças militares norte-americanas ocuparam o país até 1902, quando os Estados Unidos permitiram a um novo governo cubano, assumir o controle total dos assuntos do Estado. Os Estados Unidos, no entanto, obrigaram Cuba a conceder-lhes o direito contínuo de intervenção para preservar a independência e a estabilidade de Cuba, em conformidade com a Emenda Platt. Esta emenda foi revogada em 1934, quando ambos assinaram um Tratado de Relações. Este tratado deu continuidade aos acordos de 1903, que arrendavam a Base Naval da Baía de Guantánamo para os Estados Unidos. Os dois países cooperaram sob o governo de Fulgencio Batista até a década de 1950.

Instalações militares da Marinha dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo.

Ver artigos principais: Suspensão de Cuba da OEA, Crise dos mísseis de Cuba e Embargo dos Estados Unidos a Cuba

Após a Revolução Cubana de 1959 e a ascensão de Fidel Castro ao poder, as relações sofreram uma progressiva deterioração. O Governo cubano expropriou terras e empresas de investidores dos Estados Unidos, e em resposta o Governo dos EUA adotou um plano de derrubar o regime criado por Castro, que resultou na fracassada invasão da Baía dos Porcos.[2] O episódio criou condições concretas para a cooperação entre Cuba e a União Soviética, que iria perdurar por três décadas. A relação cubano-estadunidense se deteriorou de vez na Crise dos Mísseis, que culminou na expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a imposição de um embargo dos Estados Unidos a Cuba.[3] A CIA tentou também eliminar o líder cubano diversas vezes.[4]

Dessa forma, a partir de 1959, após a Revolução Cubana, as relações foram se deteriorando substancialmente e desde então se mantiveram em estado de tensão e beligerância. Sem relações diplomáticas entre os dois países e com Cuba sob um embargo econômico por mais de cinquenta anos, os interesses americanos em Cuba são geridos pela USINT Havana,[5] um departamento de interesses americanos na ilha dentro da embaixada suíça em Havana, com outro departamento similar cubano na embaixada suíça em Washington D.C.[6] Durante décadas, a Assembleia Geral das Nações Unidas tem quase unanimemente pedido pelo fim do embargo político, econômico e financeiro de Cuba aos Estados Unidos e seus aliados, sem qualquer resultado prático.[7]

Período recente[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Degelo cubano

Obama e Raul Castro em um encontro oficial, em 2015.

Finalmente, em 17 de dezembro de 2014, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o presidente de Cuba Raúl Castro anunciaram o restabelecimento total das relações diplomáticas entre os dois países, assim como a reabertura da embaixada norte-americana em Havana – e sua contrapartida em Washington – e fim de restrições com a adoção de maiores facilidades para viagens de negócios e transações econômicas, comerciais e financeiras entre cidadãos e empresas dos dois países. O acordo foi anunciado após 18 meses de conversações secretas entre os dois governos, realizadas no Canadá e no Vaticano, com a mediação do Papa Francisco.[1][8] Contudo, o Poder Executivo não tem autoridade para pôr fim ao embargo econômico, prerrogativa esta do Legislativo, o Congresso dos Estados Unidos, que deverá ter a palavra final sobre o assunto.[9]

Em julho de 2015, ambos os países abriram embaixadas nas respectivas capitais, que haviam sido fechadas em 1961.[10]

Em agosto de 2015, a embaixada norte-americana em Cuba foi oficialmente reaberta na presença do secretário de Estado John Kerry e de três antigos marines que içaram a bandeira norte-americana.[11]

Contudo, foi em 2016 que esta aproximação se consolidou, oficialmente. Barack Obama faz uma visita histórica, de três dias, a Cuba. É de salientar que é a primeira vez, desde 1928, que um presidente norte-americano pisa em solo cubano, depois de longos e turbulentos anos de corte diplomático. Sendo que o encontro mais aguardado teve lugar no dia 21 de março: Obama e Raul Castro vão reunir-se no palácio presidencial. Será a terceira vez que os dois se encontram, mas a primeira em território cubano.

Explicação:

Respondido por JoaodoJapao
3

Resposta:

Desde antes dos movimentos de independência dos dois países, norte-americanos e cubanos já tinham interesses em comum. Planos de comprar Cuba do Império Espanhol eram sempre discutidos nos Estados Unidos. À medida que a influência espanhola declinava no Caribe, os Estados Unidos foram gradualmente conquistando uma posição de domínio econômico e político sobre a ilha, com grande maioria das explorações de investimento estrangeiro e a maior parte das importações e exportações em suas mãos, bem como uma forte influência sobre os assuntos políticos internos cubanos.

Após a Guerra Hispano-Americana, que obrigou a Espanha a renunciar os seus direitos soberanos sobre Cuba, as forças militares norte-americanas ocuparam o país até 1902, quando os Estados Unidos permitiram a um novo governo cubano, assumir o controle total dos assuntos do Estado. Os Estados Unidos, no entanto, obrigaram Cuba a conceder-lhes o direito contínuo de intervenção para preservar a independência e a estabilidade de Cuba, em conformidade com a Emenda Platt. Esta emenda foi revogada em 1934, quando ambos assinaram um Tratado de Relações. Este tratado deu continuidade aos acordos de 1903, que arrendavam a Base Naval da Baía de Guantánamo para os Estados Unidos. Os dois países cooperaram sob o governo de Fulgencio Batista até a década de 1950.

Instalações militares da Marinha dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo.

Ver artigos principais: Suspensão de Cuba da OEA, Crise dos mísseis de Cuba e Embargo dos Estados Unidos a Cuba

Após a Revolução Cubana de 1959 e a ascensão de Fidel Castro ao poder, as relações sofreram uma progressiva deterioração. O Governo cubano expropriou terras e empresas de investidores dos Estados Unidos, e em resposta o Governo dos EUA adotou um plano de derrubar o regime criado por Castro, que resultou na fracassada invasão da Baía dos Porcos.[2] O episódio criou condições concretas para a cooperação entre Cuba e a União Soviética, que iria perdurar por três décadas. A relação cubano-estadunidense se deteriorou de vez na Crise dos Mísseis, que culminou na expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a imposição de um embargo dos Estados Unidos a Cuba.[3] A CIA tentou também eliminar o líder cubano diversas vezes.[4]

Dessa forma, a partir de 1959, após a Revolução Cubana, as relações foram se deteriorando substancialmente e desde então se mantiveram em estado de tensão e beligerância. Sem relações diplomáticas entre os dois países e com Cuba sob um embargo econômico por mais de cinquenta anos, os interesses americanos em Cuba são geridos pela USINT Havana,[5] um departamento de interesses americanos na ilha dentro da embaixada suíça em Havana, com outro departamento similar cubano na embaixada suíça em Washington D.C.[6] Durante décadas, a Assembleia Geral das Nações Unidas tem quase unanimemente pedido pelo fim do embargo político, econômico e financeiro de Cuba aos Estados Unidos e seus aliados, sem qualquer resultado prático.[7]

Período recente[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Degelo cubano

Obama e Raul Castro em um encontro oficial, em 2015.

Finalmente, em 17 de dezembro de 2014, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o presidente de Cuba Raúl Castro anunciaram o restabelecimento total das relações diplomáticas entre os dois países, assim como a reabertura da embaixada norte-americana em Havana – e sua contrapartida em Washington – e fim de restrições com a adoção de maiores facilidades para viagens de negócios e transações econômicas, comerciais e financeiras entre cidadãos e empresas dos dois países. O acordo foi anunciado após 18 meses de conversações secretas entre os dois governos, realizadas no Canadá e no Vaticano, com a mediação do Papa Francisco.[1][8] Contudo, o Poder Executivo não tem autoridade para pôr fim ao embargo econômico, prerrogativa esta do Legislativo, o Congresso dos Estados Unidos, que deverá ter a palavra final sobre o assunto.[9]

Em julho de 2015, ambos os países abriram embaixadas nas respectivas capitais, que haviam sido fechadas em 1961.[10]

Em agosto de 2015, a embaixada norte-americana em Cuba foi oficialmente reaberta na presença do secretário de Estado John Kerry e de três antigos marines que içaram a bandeira norte-americana.[11]

Contudo, foi em 2016 que esta aproximação se consolidou, oficialmente. Barack Obama faz uma visita histórica, de três dias, a Cuba. É de salientar que é a primeira vez, desde 1928, que um presidente norte-americano pisa em solo cubano, depois de longos e turbulentos anos de corte diplomático. Sendo que o encontro mais aguardado teve lugar no dia 21 de março: Obama e Raul Castro vão reunir-se no palácio presidencial. Será a terceira vez que os dois se encontram, mas a primeira em território cubano.

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