qual e a relação da letra da música "o que " de Arnaldo Antunes com a questão do ser em Parmênides?
Soluções para a tarefa
Respondido por
22
A música ‘Inclassificáveis’ de Arnaldo Antunes é cantada junto com Chico Science, e trata de um tema muito conhecido de todos nós: a formação do povo brasileiro. A análise clássica sobre este tema é de que somos uma nação formada por índios (nativos), portugueses (colonizadores brancos, que invadiram esta terra em 1500) e africanos (negros que vieram como escravizados pelos portugueses, por volta de 1530). Já na primeira estrofe o autor coloca em xeque tal argumento: que preto, que branco, que índio o quê? / que branco, que índio, que preto o quê? / que índio, que preto, que branco o quê?
Questionando a matriz clássica de formação do povo brasileiro, o compositor passa a fazer referências as novas ‘raças’ que surgem a partir dos três povos principais: o mulato, mistura de branco com negro; o cafuzo, mestiço de negro com índio; e o mameluco, mistura de índio com branco. Na sequência até o fim da letra o ex Titãs compõem um jogo poético no qual diferentes etnias se mesclam, formando neologismos que criam palavras / povos. Daquilo que em nossas mentes é visto como opostos surgem: crilouros – crioulos e louros; guaranisseis – guaranis e nisseis; e judárabes – judeus e árabes.
Seu objetivo não é problematizar as tensões geradas no contato entre índios, portugueses e negros, mas sim ressaltar a diversidade humana para mostrar que alguns preconceitos direcionados para algumas etnias não se justificam, pois somos ‘Inclassificáveis’: somos todos misturados. Ao juntar palavras / povos, o autor tenta abrir nossos olhos para o fato de que há uma pluralidade de etnias, e que o ser humano é uma espécie só, embora seja múltipla em suas variações culturais. Só vivemos(e sobrevivemos) na diversidade. Por isto somos ‘Inclassificáveis’, pois somos fruto da mistura, da miscigenação gerada a partir da migração de milhares e milhares de anos.
A diversidade é enfatizada quando Arnaldo Antunes coloca todas as palavras no plural e, sobretudo, ao dizer que “não tem deus, tem deus”, “não tem cor, tem cores”. Tudo é plural. O jogo poético no verso “não há sol há sós” concretiza-se quando cantado, pois a vozes de Arnaldo Antunes e Chico Science sobrepõem-se uma a outra, dando a impressão de que se diz: “não há sol há sóis”, “não há sol a sós” (não há sol [fonte de vida e brilho] sozinho).
As músicas nos ensinam muitas coisas relevantes de forma didática, e muitas delas formam boa parte de nosso caráter, mesmo que não percebamos, pois atingem nosso inconsciente. A lição final do Titã Antunes é que “Somos todos mesticigenados debaixo do sol”. Em tempos como o nosso é extremamente importante lembrar disto, pois, como dizia Albert Einstein: “Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito”.
Questionando a matriz clássica de formação do povo brasileiro, o compositor passa a fazer referências as novas ‘raças’ que surgem a partir dos três povos principais: o mulato, mistura de branco com negro; o cafuzo, mestiço de negro com índio; e o mameluco, mistura de índio com branco. Na sequência até o fim da letra o ex Titãs compõem um jogo poético no qual diferentes etnias se mesclam, formando neologismos que criam palavras / povos. Daquilo que em nossas mentes é visto como opostos surgem: crilouros – crioulos e louros; guaranisseis – guaranis e nisseis; e judárabes – judeus e árabes.
Seu objetivo não é problematizar as tensões geradas no contato entre índios, portugueses e negros, mas sim ressaltar a diversidade humana para mostrar que alguns preconceitos direcionados para algumas etnias não se justificam, pois somos ‘Inclassificáveis’: somos todos misturados. Ao juntar palavras / povos, o autor tenta abrir nossos olhos para o fato de que há uma pluralidade de etnias, e que o ser humano é uma espécie só, embora seja múltipla em suas variações culturais. Só vivemos(e sobrevivemos) na diversidade. Por isto somos ‘Inclassificáveis’, pois somos fruto da mistura, da miscigenação gerada a partir da migração de milhares e milhares de anos.
A diversidade é enfatizada quando Arnaldo Antunes coloca todas as palavras no plural e, sobretudo, ao dizer que “não tem deus, tem deus”, “não tem cor, tem cores”. Tudo é plural. O jogo poético no verso “não há sol há sós” concretiza-se quando cantado, pois a vozes de Arnaldo Antunes e Chico Science sobrepõem-se uma a outra, dando a impressão de que se diz: “não há sol há sóis”, “não há sol a sós” (não há sol [fonte de vida e brilho] sozinho).
As músicas nos ensinam muitas coisas relevantes de forma didática, e muitas delas formam boa parte de nosso caráter, mesmo que não percebamos, pois atingem nosso inconsciente. A lição final do Titã Antunes é que “Somos todos mesticigenados debaixo do sol”. Em tempos como o nosso é extremamente importante lembrar disto, pois, como dizia Albert Einstein: “Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito”.
Perguntas interessantes