Qual é a primeira verdade indubitável encontrada por Descartes? Explique como ele chegou a ela
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Descartes ñ queria ficar com o conhecimento das ciências que, afinal, poderiam ser falsos, mas queria chegar ao conhecimento básico sobre o qual pode ser todo o conhecimento verdadeiro. O que ele queria, segundo sua própria expressão, era um "ponto arquimediano" ¾ uma verdade indubitável ¾ para daí construir, dedutivamente, as ciências. Com isso em vista, Descartes iniciou suas "Meditações" pelo processo da dúvida metódica.(ele ñ usava drogas,parece mas ñ usava)
O que era a dúvida metódica? Era justamente o processo das meditações, onde Descartes foi estendendo a dúvida até os pontos em que ele não conseguia, à primeira vista, deixar de acreditar. Seu procedimento foi o seguinte.
Ele iniciou por um ponto razoável: tudo que ele sabia estava no seu pensamento, e que tudo que residia no seu pensamento havia vindo de duas fontes: ou veio de seus sentidos (observação empírica) ou lhe era inato (próprio à razão). Ele se propôs, então, em primeiro lugar, colocar em dúvidas os sentidos.
Todavia, em seguida, ele ponderou: os sentidos nem sempre são confiáveis, pois eles não raro nos enganam. Quantas vezes nós colocamos a mão na água achando que ela está fria e ela está menos fria do que vimos ou mesmo sentimos? Quantas vezes as imagens nos dão golpes? Quantas vezes, nos sonhos, achamos mesmo estar na vigília? Quantas vezes ... Fazendo essas perguntas ele iniciou seu projeto de colocar em dúvida tudo que havia em seu pensamento, exatamente partindo da desconfiança sobre os sentidos. Este foi seu caminho.
Nesse percurso, em segundo lugar, ele radicalizou a dúvida, fazendo-a direcionar-se ao que poderia não ter vindo dos sentido, ou seja, poderia ser o conhecimento inato, o que já está desde sempre na razão. Neste momento, ele foi barrado, a dúvida parecia não mais poder prosseguir: as verdades matemáticas lhe pareceram indubitáveis. Estas, disse ele, são independentes: que dois e dois são quatro é uma verdade mesmo quando estou dormindo, isto é, mesmo quando não estou pensando sobre isso.
Porém, isso deteve sua dúvida só por um breve momento. Ele procurou ser mais radical. Então, em seguida, ele reiniciou o processo de duvidar de tudo. Querendo ampliar a dúvida também para as verdades matemáticas, ele recorreu à seguinte estratégia. Passou a supor a presença do que chamou de Gênio Maligno ¾ uma entidade cujo trabalho incansável seria o de enganá-lo sobre todas as coisas. Tal entidade, (na estratégia cartesiana de radicalização da dúvida) teria a função de alimentar a hipótese que diz que o pensamento é um conjunto total de falsidades; inseridas nesse conjunto estariam até mesmo as verdades matemáticas, aquelas verdades que seriam independentes dos sentidos.
No entanto, a hipotética existência do Gênio Maligno lhe deu a saída do impasse e, por conseguinte, a primeira verdade indubitável: se o Gênio de fato existir, para que ele me engane, disse Descartes, é necessário que eu, enquanto estou sendo enganado, me mantenha pensando, e disso tenho certeza. Penso, logo sou ¾ eis a primeira verdade (a segunda verdade é: sou uma coisa pensante). Nada mais nada menos que uma evidência de ordem intelectual, uma espécie de ... intuição racional
basta você criar seu próprio entendimento disso
O que era a dúvida metódica? Era justamente o processo das meditações, onde Descartes foi estendendo a dúvida até os pontos em que ele não conseguia, à primeira vista, deixar de acreditar. Seu procedimento foi o seguinte.
Ele iniciou por um ponto razoável: tudo que ele sabia estava no seu pensamento, e que tudo que residia no seu pensamento havia vindo de duas fontes: ou veio de seus sentidos (observação empírica) ou lhe era inato (próprio à razão). Ele se propôs, então, em primeiro lugar, colocar em dúvidas os sentidos.
Todavia, em seguida, ele ponderou: os sentidos nem sempre são confiáveis, pois eles não raro nos enganam. Quantas vezes nós colocamos a mão na água achando que ela está fria e ela está menos fria do que vimos ou mesmo sentimos? Quantas vezes as imagens nos dão golpes? Quantas vezes, nos sonhos, achamos mesmo estar na vigília? Quantas vezes ... Fazendo essas perguntas ele iniciou seu projeto de colocar em dúvida tudo que havia em seu pensamento, exatamente partindo da desconfiança sobre os sentidos. Este foi seu caminho.
Nesse percurso, em segundo lugar, ele radicalizou a dúvida, fazendo-a direcionar-se ao que poderia não ter vindo dos sentido, ou seja, poderia ser o conhecimento inato, o que já está desde sempre na razão. Neste momento, ele foi barrado, a dúvida parecia não mais poder prosseguir: as verdades matemáticas lhe pareceram indubitáveis. Estas, disse ele, são independentes: que dois e dois são quatro é uma verdade mesmo quando estou dormindo, isto é, mesmo quando não estou pensando sobre isso.
Porém, isso deteve sua dúvida só por um breve momento. Ele procurou ser mais radical. Então, em seguida, ele reiniciou o processo de duvidar de tudo. Querendo ampliar a dúvida também para as verdades matemáticas, ele recorreu à seguinte estratégia. Passou a supor a presença do que chamou de Gênio Maligno ¾ uma entidade cujo trabalho incansável seria o de enganá-lo sobre todas as coisas. Tal entidade, (na estratégia cartesiana de radicalização da dúvida) teria a função de alimentar a hipótese que diz que o pensamento é um conjunto total de falsidades; inseridas nesse conjunto estariam até mesmo as verdades matemáticas, aquelas verdades que seriam independentes dos sentidos.
No entanto, a hipotética existência do Gênio Maligno lhe deu a saída do impasse e, por conseguinte, a primeira verdade indubitável: se o Gênio de fato existir, para que ele me engane, disse Descartes, é necessário que eu, enquanto estou sendo enganado, me mantenha pensando, e disso tenho certeza. Penso, logo sou ¾ eis a primeira verdade (a segunda verdade é: sou uma coisa pensante). Nada mais nada menos que uma evidência de ordem intelectual, uma espécie de ... intuição racional
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