Qual é a diferença entre: um choque elétrico em uma tomada de um choque eletrostático na lataria
de um carro?
Soluções para a tarefa
Resposta:
e que na tomada vc morre e no carro vc começa a andar correndo
Resposta:
Explicação:
Trabalhar com equipamentos elétricos e eletrônicos é conviver diariamente com situações de risco. Uma realidade da qual ninguém está livre mesmo em um momento de relaxamento, longe das funções profissionais, em casa ou nas atividades de laser.
Quem nunca precisou trocar um chuveiro elétrico em uma emergência no fim de semana? Que mãe ou pai não se preocupam com o bebê que, engatinhando, tem a natural curiosidade de manusear uma tomada elétrica? Quem não teve a necessidade de consertar um interruptor ou tentar reparar o eletrodoméstico que ficou sem contato com a rede por algum problema de desgaste de componente? Até mesmo uma simples troca de lâmpada?
As consequências do contato com objetos e equipamentos energizados são muitas vezes imprevisíveis, mesmo porque o corpo humano é um poderoso condutor de eletricidade. Os acidentes podem se resumir a um leve choque elétrico sem maiores sequelas, mas podem também partir de uma descarga elétrica de grande proporção, o que leva a corrente a circular pelo corpo, provocando lesões em órgãos vitais, queimaduras de alto grau, reações químicas internas, traumas e transtornos psicológicos.
Dois grupos de variáveis definem as consequências dos choques elétricos no organismo humano:
a) Variáveis externas: intensidade, tensão e frequência da corrente elétrica; Tempo de duração do contato com a fonte energizada; Extensão da superfície de contato com a fonte energizada e Condições climáticas em ambientes secos ou úmidos;
b) Variáveis internas: Condições gerais do organismo do próprio indivíduo; Área da pele atingida; Percurso da corrente elétrica pelo corpo; Órgãos do corpo atingidos pela corrente e Capacidade de resistência orgânica do indivíduo a alterações fisiológicas externas.
Os efeitos de uma corrente elétrica circulando pelo corpo humano dependem ainda de suas características de origem, ou seja, das fontes que emanam a energia. Nesse sentido, há duas espécies de choque:
1ª) Choque Estático: Provocado pela eletricidade estática que permanece em certas superfícies, decorrentes de atritos ou efeitos capacitivos. É perceptível quando, por exemplo, tocamos a lataria de um automóvel que acabou de ser desligado e sentimos um "golpe" de formigamento ocasionado pelo choque. O choque estático pode ocorrer inclusive quando duas pessoas, com cargas estáticas diferentes, se cumprimentam. Por ter curta duração, o tempo suficiente para a descarga eletrostática, normalmente não oferece maiores riscos, exceto quando a carga acumulada seja tão significativa a ponto de provocar faíscas que podem ser nocivas em ambientes ressecados. Os choques de eletricidade estática ocorrem com mais frequência no inverno, quando a maioria das pessoas utilizam roupas de lã sintética.
2ª) Choque Dinânimo: Provocado pelo contato com a denominada parte viva de um ponto energizado, abastecido de forma constante pela corrente elétrica, sem interrupção. O efeito será permanente até que a fonte de alimentação seja desligada. Trata-se do choque mais convencional e também o mais perigoso, tanto pela intensidade quanto pela duração do contato. É o caso clássico do choque em uma tomada comum com isolamento deficiente ou o contato com aparelhos eletrônicos diversos com defeitos ou falta (irregularidades) de aterramento, que fazem a vítima "grudar" (contração muscular) no ponto de contato até que a fonte de alimentação do equipamento seja desligada da tomada, ou, alguém capacitado efetue o desligamento do disjuntor relacionado ao circuito local presente no QDG (Quadro de Distribuição Geral).
Normalmente o corpo humano mostra-se bastante resistente aos choques nos primeiros segundos, mas a continuidade da corrente passando pelo organismo por períodos mais longos, como é o caso do choque dinâmico, expõe o corpo a situações de vulnerabilidade, ocasionando danos mais graves, dependendo da intensidade da corrente elétrica, isto é, da amperagem.
Os episódios mais simples são resultados de choques que vão de 0,1 a 30 mA (miliamperes), acima dos 30 mA os riscos cardíacos são bem mais intensos, com possibilidade de fibrilação, e os mais complexos superam os 500 mA, gerando efeitos na maior parte das vezes irreversíveis, pressupondo asfixia imediata, graves queimaduras e colapso cardíaco.
Os choques dinâmicos são uma decorrência de duas espécies de tensões elétricas:
Tensão de Toque: Ocorre quando uma pessoa encosta algum membro superior em um objeto energizado, neste caso o indivíduo estará exposto a uma diferença de potencial elétrico, uma tensão que passa a circular da extremidade do membro superior que proporcionou o contato até os membros inferiores. Se o toque ocorrer no momento de um curto circuito local, o indivíduo estará submetido a um choque dinâmico e terá o corpo percorrido pela corrente elétrica, com riscos de fibrilação ventricular.