Qual é a causa da febre em malária?
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A intermitência da intensificação dos sintomas se dá não só na febre e é chamada de paroxismo. Cada espécie apresenta a periodicidade própria para a repetição do paroxismo, e o "P. vivax" é de 48 horas, o "P. falciparum", 36 a 48 horas, e o "P. malariae", 72 horas. Além do que, de modo prático, em indivíduos semi-imunes o paroxismo pode não ser muito notável.
O paroxismo, isto é a intensificação dos sintomas, ocorre conforme o ciclo de desenvolvimento e reprodução do protozoário. Essa cronologia (terçã ou quartã) pode, entretanto, alterar-se em vista do número de gerações envolvidas. Assim, quando em um doente só ocorre uma geração do parasita, ele terá o acesso sempre a intervalos regulares; mas se, além dessa geração, digamos A, ele possuir outras, digamos B e C, o paciente terá acessos diariamente, com um intervalo de 48 horas para cada geração.
A febre tem como causa os pigmentos maláricos, que são substâncias pirogênicas e a liberação de pirogênio endógeno pelos monócitos e macrófagos, ativados pelo parasito. Também denominados hemozoínas, são produzidos pela degradação da Hemoglobina pelos parasitas da malária durante sua evolução no interior das hemácias. Com a formação de merozoítos, rompem-se as hemácias e os parasitas são liberados, enquanto os pigmentos, sob forma de grânulos castanho escuros, acumulam-se nos macrófagos do fígado, baço, medula óssea, linfonodos e outros locais. A quantidade de pigmento nos tecidos aumenta com a duração da infecção e a etapa do ciclo da mesma. Enquanto que a concentração dos pigmentos pelo prolongamento da doença pode gerar complicações.
A febre hemoglobinúrica é uma complicação incomum da malária falciparum. Ela é causada pela ruptura de um grande número de glóbulos vermelhos do sangue que liberam pigmentos de sangue (hemoglobina) na corrente sanguínea.