qual aconcepçao ranakeana da historia
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acho que sua pergunta seria :
Quais as principais diferenças entre a História tradicional (Rankeana) e a Escola dos Annales?
então... vamos lá
Os historiadores tradicionais concentram-se nos feitos dos grandes homens, estadistas, generais ou ocasionalmente eclesiásticos. Escrevem a história a partir de documentos e buscam descrever como realmente os fatos aconteceram. Nessa abordagem, os historiadores também não se preocupam com a relação que há entre o individual e o coletivo.
Em oposição à história rankeana surge, no século XX, a iniciativa dos Annales. O discurso da primeira geração dos Annales, que tem em Lucien Febvre e em Marc Bloch seus pais fundadores, e na revista Annales d´histoire économique et sociale seu instrumento de ação, apoia-se nos seguintes pressupostos:
(a) a oposição à história positivista dominante;
(b) a hostilidade ao discurso e à análise políticas;
(c) a crença no declínio e ineficácia das ideologias e rejeição ao capitalismo e aos regimes totalitários de direita e esquerda;
(d) a valorização do presente no qual emergem as questões do historiador;
(e) a abertura a outros temas, como a natureza, a população, os costumes;
(f) a ampliação de fontes;
(g) a ampliação de métodos, que passam a incluir conceitos e procedimentos da Estatística, da Demografia, da Lingüística, da Psicologia, da Numismática, da Arqueologia, etc;
(h) a tentativa de conciliar os antagonismos e superar a germanofobia da geração precedente;
(i) a substituição da história factual pela longa duração;
(j) a intervenção ativa, por parte do historiador, diante de documentos e arquivos, já que constrói seu material e deve confrontar suas hipóteses com os documentos coletados.
As alianças que os historiadores dos Annales travaram com outras áreas do conhecimento lhes propiciaram a apropriação de categorias e abordagens originais recolhidas fora do seu campo de atuação. Da Linguística, Antoine Meillet traz o noção de utensilagem mental; da Psicologia toma-se para a História o estudo da sensibilidade e da vida afetiva; da Sociologia retoma-se o conceito durkheimiano de fato social; da Geografia colhe-se o percurso geográfico que passa a integrar o horizonte histórico.
A Nova História associada à École des Annales é, sobretudo, uma reação deliberada à história tradicional, partindo do princípio que “tudo tem um passado e que este pode ser reconstituído e relacionado ao restante”(BURKE, 1992, p.11). Os historiadores passaram a interessar-se por toda atividade humana e a preocupar-se mais com a análise das estruturas, tal como no estudo de Fernand Braudel, Le Mediterranean (1949), onde o que realmente importava eram as mudanças econômicas e sociais de longo prazo e mudanças geo-políticas de muito longo prazo.
Na Nova História, o homem comum e a cultura popular passam a ser objetos de estudo. Os investigadores despregam-se dos documentos oficiais e passam a examinar outros vestígios, reconhecendo que o homem percebe o mundo através de uma “estrutura de convenções, esquemas e estereótipos, um entrelaçamento que varia de uma cultura para outra”(BURKE, 1992, p.15) e que cria diversos pontos de vista sobre uma mesma situação.
Quais as principais diferenças entre a História tradicional (Rankeana) e a Escola dos Annales?
então... vamos lá
Os historiadores tradicionais concentram-se nos feitos dos grandes homens, estadistas, generais ou ocasionalmente eclesiásticos. Escrevem a história a partir de documentos e buscam descrever como realmente os fatos aconteceram. Nessa abordagem, os historiadores também não se preocupam com a relação que há entre o individual e o coletivo.
Em oposição à história rankeana surge, no século XX, a iniciativa dos Annales. O discurso da primeira geração dos Annales, que tem em Lucien Febvre e em Marc Bloch seus pais fundadores, e na revista Annales d´histoire économique et sociale seu instrumento de ação, apoia-se nos seguintes pressupostos:
(a) a oposição à história positivista dominante;
(b) a hostilidade ao discurso e à análise políticas;
(c) a crença no declínio e ineficácia das ideologias e rejeição ao capitalismo e aos regimes totalitários de direita e esquerda;
(d) a valorização do presente no qual emergem as questões do historiador;
(e) a abertura a outros temas, como a natureza, a população, os costumes;
(f) a ampliação de fontes;
(g) a ampliação de métodos, que passam a incluir conceitos e procedimentos da Estatística, da Demografia, da Lingüística, da Psicologia, da Numismática, da Arqueologia, etc;
(h) a tentativa de conciliar os antagonismos e superar a germanofobia da geração precedente;
(i) a substituição da história factual pela longa duração;
(j) a intervenção ativa, por parte do historiador, diante de documentos e arquivos, já que constrói seu material e deve confrontar suas hipóteses com os documentos coletados.
As alianças que os historiadores dos Annales travaram com outras áreas do conhecimento lhes propiciaram a apropriação de categorias e abordagens originais recolhidas fora do seu campo de atuação. Da Linguística, Antoine Meillet traz o noção de utensilagem mental; da Psicologia toma-se para a História o estudo da sensibilidade e da vida afetiva; da Sociologia retoma-se o conceito durkheimiano de fato social; da Geografia colhe-se o percurso geográfico que passa a integrar o horizonte histórico.
A Nova História associada à École des Annales é, sobretudo, uma reação deliberada à história tradicional, partindo do princípio que “tudo tem um passado e que este pode ser reconstituído e relacionado ao restante”(BURKE, 1992, p.11). Os historiadores passaram a interessar-se por toda atividade humana e a preocupar-se mais com a análise das estruturas, tal como no estudo de Fernand Braudel, Le Mediterranean (1949), onde o que realmente importava eram as mudanças econômicas e sociais de longo prazo e mudanças geo-políticas de muito longo prazo.
Na Nova História, o homem comum e a cultura popular passam a ser objetos de estudo. Os investigadores despregam-se dos documentos oficiais e passam a examinar outros vestígios, reconhecendo que o homem percebe o mundo através de uma “estrutura de convenções, esquemas e estereótipos, um entrelaçamento que varia de uma cultura para outra”(BURKE, 1992, p.15) e que cria diversos pontos de vista sobre uma mesma situação.
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