Qual a relação entre as mudanças climáticas e as fontes de energia mais utilizadas mundialmente?
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Resposta:
O debate internacional desenvolvido especialmente durante os últimos dez anos estabeleceu importantes relações entre o consumo de energia fóssil e suas contribuições para acelerar processos de mudanças climáticas. ... O uso de energia só é responsável por mais de dois terços das emissões de gases-estufa.
Explicação:
pesquisei, espero que esteja certo :)
Resposta:
O debate internacional desenvolvido especialmente durante os últimos dez anos estabeleceu importantes relações entre o consumo de energia fóssil e suas contribuições para acelerar processos de mudanças climáticas. É crescente a percepção entre cientistas e governantes de alguns países que o processo de decisão sobre desenvolvimento social, e política energética em particular, deve lidar com novas incertezas e riscos de alterações irreversíveis com conseqüências ambientais e econômicas de difícil predição.
As concentrações atmosféricas dos gases-estufa considerados no Protocolo de Quioto (especialmente o CO2) vem aumentando continuamente devido ao crescente uso de energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural) e a mudanças no padrão de uso do solo (agricultura, urbanização, desmatamento). O uso de energia só é responsável por mais de dois terços das emissões de gases-estufa.
O consumo mundial de energia aumentou a uma taxa anual de 1,3% entre 1990 e 1998, mas se considerarmos somente os países em desenvolvimento suas taxas se situam entre 2,3 a 5,5 ao ano para o mesmo período. Mesmo com essas relativas altas taxas os países em desenvolvimento contribuem com cerca de 30% das emissões anuais comparado com mais de 50% dos países industrializados. Se contabilizarmos as emissões de modo cumulativo desde a Revolução Industrial, ou se fizermos considerações de emissões em termos percapita, por unidade de produto econômico (PIB), as contribuições dos países em desenvolvimento são ainda bem mais modestas.
No entanto, isso não significa que países em desenvolvimento não devam compartilhar de esforços para reformular sua estrutura de produção e consumo de energia e de realizar contribuições efetivas para controlar o crescimento de emissões de gases-estufa.
O assunto é complexo, os desafios enormes, mas vale a pena discutir algumas barreiras e mais especialmente, algumas oportunidades que uma transição energética para combustíveis renováveis e tecnologias mais limpas e eficientes podem oferecer a países em desenvolvimento.
Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil, a China e a Índia são os principais países com relação a contribuições a emissões de gases estufa. O Brasil é um caso interessante de ser analisado, que tem vantagens comparativas para adotar uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Vamos apresentar algumas características de nosso sistema energético e das perspectivas que o país possui.
A alta participação da energia hidráulica na matriz energética é um indicador positivo de nossa contribuição histórica para controle de emissões mas, ao mesmo tempo, nos coloca reféns das próprias mudanças climáticas, que acrescentam incertezas quanto a vazões de nossos rios e à crescente pressão sobre recursos hídricos para usos múltiplos da água. O regime de chuvas está mudando e temos que providenciar um melhor entendimento do comportamento das vazões de nossos rios que não respondem aos modelos de previsões utilizados durante décadas pelo setor elétrico. Em paralelo, é notório o crescimento de atividades agrícolas, industriais e de abastecimento da população que demandam maiores quantidades de água. A situação de crise de abastecimento de eletricidade, vivida durante o ano de 2001, mostrou claramente os limites do sistema hidroelétrico atual, da necessidade de melhor gestão desses recursos e de seu planejamento para diminuição de riscos.
Maior diversificação da matriz de geração de eletricidade está sendo buscada através de maior participação de centrais térmicas utilizando principalmente gás natural, que na verdade aumentarão as emissões nacionais de gases-estufa. No entanto, o país está também realizando esforços na direção da geração através de fontes renováveis.
O país conseguiu aprovar uma lei (Proinfa) estabelecendo um cronograma para a entrada de energia eólica, pequenas hidroelétricas e biomassa para geração de eletricidade. Os esforços demandados são grandes para que essa lei se concretize e que os objetivos de inserção das fontes renováveis no sistema energético de forma sustentável e competitiva, isto é, sem depender de contínuos subsídios governamentais. No entanto, o fato é que ainda não estão resolvidas questões fundamentais como preços dessas fontes, que agentes comprarão, e questões técnicas de operação e de planejamento de um sistema elétrico que foi projetado para receber grandes blocos de energia de hidroelétricas.
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