Qual a relação de cidadania, participação política e movimentos sociais?
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Resposta:
Existe entre a cidadania, a participação política e os movimentos sociais uma relação de precedência e dependência.
Explicação:
Sendo a cidadania a qualidade que define a pertença de um indivíduo à um Estado, conferindo-lhe direitos sociais, económicos, civis e políticos, bem como deveres, ela assume-se como condição primeira/fundacional para o exercício de qualquer direito, incluíndo o direito à participação política, que integra a classe dos direitos políticos. Só sendo cidadão de um Estado, em pleno gozo dos seus direitos políticos é que se pode participar da vida política deste Estado.
É comum os cidadãos de um determinado Estado juntarem-se em grupos organizados de forma espontânea para defenderem determinadas posições sociais ou reivindicaram direitos que considerem estarem a ser violados. Estes grupos são designados, pela sociologia, por movimentos sociais. Ou seja, os movimentos sociais (não confundir com partidos políticos) são formas organizadas de viabilização das demandas dos cidadãos.
Deste modo, não existem movimentos sociais sem participação política, nem participação política sem cidadania. A cidadania confere ao indivíduo o direito à participação política e os movimentos sociais ajudam na sua materialização.
Os movimentos sociais têm uma duração efémera e, ao contrário dos partidos políticos, visam o alcance de objectivos específicos, relacionados com a mudança social, e não têm como fim o alcance do poder político para governar.
O mais recente e conhecido movimento social surgiu, em 2018, quando um grupo de cidadãos franceses decidiu protestar contra a progressão dos impostos sobre os produtos energéticos de origem fóssil e sobre as emissões de carbono, anunciados pelo Presidente Emmanuel Macron. Este movimento social ficou conhecido como o Movimento dos Coletes Amarelos.
