História, perguntado por estevesmonica941, 6 meses atrás

Qual a ordem correta de presidentes do Brasil na fase de redemocratização nos últimos 35 anos ?

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Respondido por nerdprokf
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Resposta:

1985-1990: José Sarney - Maranhense, advogado e jornalista, foi eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral como vice de Tancredo Neves, que morreu antes da posse. Sarney ficou conhecido como o presidente da redemocratização. Na área econômica, o seu governo adotou uma política considerada como bastante heterodoxa, e não conseguiu derrotar a escalada inflacionária.

Entre as medidas de maior destaque, estão o Plano Cruzado, em 1986. O plano consistia em congelamento geral de preços por doze meses e na adoção do "gatilho salarial" (reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia os 20%).

O Plano Cruzado a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores - chamados de "fiscais do Sarney" - passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações. No decorrer do ano, o Cruzado foi perdendo sua eficiência, por causa de uma grave crise de abastecimento. O governo manteve o congelamento até as eleições estaduais de 1986, nas quais o PMDB teve ampla vitória.

Sarney havia sido presidente do PDS, partido que dava apoio ao regime militar. Depois, tornou-se um dos dissidentes do PDS que formaram a Frente Liberal (origem do futuro Partido da Frente Liberal, o PFL). A Frente Liberal se uniu ao PDMB (ao qual Sarney se filiaria mais tarde) para derrotar no Colégio Eleitoral o candidato do PDS, o deputado Paulo Maluf (SP).

1990-1992: Fernando Collor de Melo - Carioca, jornalista, foi governador de Alagoas e tornou-se o mais jovem presidente da República, eleito aos 40 anos.

Collor elegeu como prioridade de seu governo a luta contra a inflação, que chegava a alcançar taxas de 25% ao mês. No Plano Collor, editado no dia seguinte à posse, o governo congelou as contas de poupança e as aplicações financeiras. Além disso, o plano incluía corte de despesas públicas, com o fim de estatais e dispensa de servidores. Mas a inflação nunca chegou a ser satisfatoriamente controlada durante todo o mandato.

Durante o período eleitoral, Collor inaugurou um nova forma de fazer campanha, com estreita relação com a mídia. Os coordenadores de sua campanha contaram com uma equipe especializada em marketing e em pesquisas de opinião.

Já no governo, Collor foi acusado de usar em benefício próprio (inclusive para comprar um carro) recursos que sobraram da campanha eleitoral, administrados pelo tesoureiro Paulo César Farias, o PC. Algumas das denúncias mais importantes foram feitas por Pedro Collor, irmão mais novo do presidente.

As denúncias levaram à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Em agosto de 1992, foi autorizada, pelo Congresso, a abertura de um processo de impeachment, e Collor foi obrigado a renunciar para não ser cassado e não perder os direitos políticos (mesmo assim, ficaria inelegível por decisão do Supremo Tribunal Federal). Antes de renunciar, ainda tentou usar o slogan "não me deixem só" para convencer a população a apoiá-lo, mas ficou isolado.

1992-1995: Itamar Franco - Mineiro, engenheiro civil, vice de Fernando Collor,

Quando Itamar assumiu o cargo, o Brasil estava no meio de uma grave crise econômica: a inflação havia chegado a 1100% em 1992, e alcançado quase 6000% no ano seguinte. Itamar trocou de ministros da área econômica várias vezes, até Fernando Henrique Cardoso assumir o ministério da Fazenda. Em fevereiro de 1994, Fernando Henrique lançou o Plano Real, que estabilizou a economia e reduziu a escalada hiperinflacionária. Fernando Henrique passou a ser o candidato oficial à sucessão de Itamar.

1995-2002: Fernando Henrique Cardoso - .

Como presidente, FHC continuou o processo de privatização iniciado por Collor. Foram privatizadas rodovias federais, os bancos estaduais e as empresas de telefonia. FHC elaborou um Plano Diretor da Reforma do Estado, de acordo com o qual seria priorizado o investimento em carreiras estratégicas para a gestão do setor público, as chamadas carreiras de estado.

Ele conseguiu a aprovação de emendas à Constituição que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no Brasil e flexibilizaram o monopólio estatal do petróleo. Em sua gestão, foi adotada a terceirização de serviços e de empregos públicos em áreas consideradas como não essenciais.

Também foram aprovadas leis como o Código Brasileiro de Trânsito e a Lei de Responsabilidade Fiscal, que se caracteriza pelo rigor exigido na execução do orçamento público. FHC criou o Bolsa Escola e outras iniciativas sociais destinadas à população de baixa renda (os programas seriam transformados em um só pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o nome Bolsa Família).

2003-2006: Luiz Inácio Lula da Silva

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