Filosofia, perguntado por kamily57p6mx3a, 11 meses atrás

Qual a mudança que o pensamento de Sócrates traz em relação a busca do conhecimento se compararmos com os pré-socráticos ?

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Respondido por Dudahh234
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Quando nós falamos em ética, nós não falamos apenas de teorias, prática, filosofia, teologia, mas também falamos da própria vida. A ética é sempre aplicada no nosso dia a dia, no trabalho, na escola, na família, etc. Ela está ligada diretamente ao caráter, à liberdade humana. Teoricamente, é o estudo das ações ou dos costumes, sendo também a própria realização de um tipo de comportamento, como afirma Valls:

Tradicionalmente ela [a ética] é entendida como um estudo ou uma reflexão científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas chamamos de ética a própria vida [...] A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento (p. 7).

            A ética é, portanto, um estudo (teoria) no que se refere à boa conduta humana, do bem e mal, do certo ou errado de acordo com cada costume, comportamento e cultura de cada região.  Outra questão importante no que norteia a ética, seria o fato de que os costumes mudam com o passar do tempo e o que hoje é aceito pela sociedade, futuramente poderá ser considerado errado. Assim como o que aqui a sociedade considera como errado, outra cultura considera certo. Um exemplo: a maconha, que em outros países a mesma não é proibida, ao contrário do Brasil.

 

ÉTICA GREGA ANTIGA

            “A reflexão grega neste campo surgiu como uma pesquisa sobre a natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto da conduta” (p.24).

            Mas em que consiste este bem moral? Qual é o maior dos bens? Seria a felicidade, o dinheiro, honras, o prazer? E o que é este Bem Supremo de que tanto falam os filósofos gregos? São questões que estão diretamente relacionadas com a ética grega pois, para a maioria destes pensadores, como Sócrates, Platão e Aristóteles, este Bem Supremo só pode ser alcançado mediante a prática de uma vida virtuosa, tendo a razão como guia de nossas ações.

            Para Sócrates, uma vida virtuosa depende do “conhecimento de si mesmo”. O filósofo acreditava que através da razão era possível alcançar um ideal de vida ético. Mas como a nossa vida é um constante conflito entre as paixões, os desejos, as emoções e a razão, nem sempre a razão consegue manter o domínio e o controle sobre nossas ações. Isso se deve ao fato, segundo Sócrates, de que nós não nos conhecemos a nós mesmos. O lema “conhece-te a ti mesmo” expressa toda a preocupação moral de Sócrates e não era um lema meramente teórico, “mas prático, pois não buscava um conhecimento puro e sim uma sabedoria de vida” (p. 35). Sócrates afirma que o mais importante está dentro de cada um de nós, que quanto melhor nos conhecemos maiores serão nossas virtudes e que em nosso interior está a pureza de viver pelas nossas próprias escolhas.

            Além de Sócrates, Aristóteles também trouxe grandes contribuições para o campo da Ética cujo pensamento também pode ser pensando a partir de uma “ética racionalista”. Uma das contribuições deste filósofo é a ideia de que as virtudes não são algo que se adquirem de uma hora para outra, mas são adquiridas através do uso da razão, do hábito e de ações virtuosas. “O homem precisa converter suas melhores disposições naturais em hábitos, de acordo com a razão” (p.33).

            Neste ponto Vall nos mostra o esforço de Aristóteles em produzir uma ética pautada na virtude. Ele nos diz que devemos exercitar a virtude para podermos então sermos mais críticos, mais éticos, agirmos de acordo com as nossas reflexões diárias. Agir eticamente é algo que para os gregos era voltado para uma atividade da razão: a razão como guia de nossas ações na busca do ideal de Bem. 




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