Artes, perguntado por lazaroschinas, 6 meses atrás

Qual a ligação entre uma miçanga e a pergunta norteadora de Paulo Nazareth ?

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Respondido por emilycabreu
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Resposta:

Paulo Sérgio da Silva (Governador Valadares, Minas Gerais, 1977). Artista performático. Após estudar entalhe em madeira com o escultor baiano Mestre Orlando (1944-2003) em 2005, licencia-se em desenho e plástica e torna-se bacharel em desenho e gravura no ano seguinte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também estuda linguística entre 2006 e 2010. Mora em Santa Luzia, Belo Horizonte, e trabalha em uma barraca de feira onde vende produtos diversos.

Chama a atenção do circuito nacional e internacional de arte a partir de 2010, quando deixa a comunidade de Palmital, em Belo Horizonte, para participar da feira Miami Basel. Realiza o percurso de Minas Gerais até Miami, Estados Unidos, a pé, fotografando-se com cartazes e anúncios ao longo do trajeto na performance Notícias da América (2011-2012). Apresenta na feira a instalação Banana Market, uma perua Kombi repleta de bananas. Recebe convites para a Bienal de Veneza de 2013 e para a 12ª Bienal de Lyon. No Brasil, expõe e recebe o Prêmio Masp de Artes Visuais 2012, na categoria Talento Emergente. Participa de diversos programas de residência na Argentina, Indonésia e Índia e integra exposições no Brasil, no Uruguai, na França, na Noruega, na Alemanha e nos Estados Unidos. Volta a Palmital e reinaugura sua barraca na feira da cidade, chamando-a de Paulo Nazareth Arte Contemporânea Ltda. Em 2012, é publicado o livro Paulo Nazareth, Arte Contemporânea Ltda., que narra as viagens do artista.

Análise

O trabalho de Paulo Nazareth é conhecido devido às suas andanças ao redor do mundo, em que questiona os limites da performance como linguagem artística. De fato, o trabalho de Nazareth não se constitui pelos objetos que produz mas, sim, pelo comportamento do próprio artista, que define  suas obras como uma “arte de conduta”. Suas performances e obras não necessariamente redundam em trabalhos, muito embora ocorram dentro de programações institucionalizadas do meio da arte.

Um bom exemplo é sua peregrinação de Minas Gerais até Nova York e, em seguida, Miami, durante 2011 e 2012, na performance Notícias das América. A viagem realizada a pé e, em alguns trechos de carona, dura cinco meses – tempo durante o qual produz fotografias, anotações e desenhos. Há certa dose de ritualismo na caminhada – o artista afirma somente ter lavado os pés no rio Hudson, na chegada da viagem, onde teria deixado um pouco da terra da América Latina. É desse modo que se pode pensar sua produção como uma discussão geopolítica.

Em outros casos, seus trabalhos parecem atender ao meio da arte mas de forma paralela, como na reinauguração de sua barraca na feira em Palmital, quando, em tom provocador, passa a chamar-se Paulo Nazareth Arte Contemporânea Ltda.

foi oq achei....

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