História, perguntado por gabi988, 1 ano atrás

Qual a importância de se estudar o auto-retrato

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Respondido por karolaynemarcal
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Antes de ser gênero fotográfico, o retrato é parte da tradição artística. Seus primeiros exemplos podem ser encontrados no Antigo Egito, onde apenas o faraó e sua família gozavam do privilégio de serem desenhados por artistas. Na Grécia Antiga, as moedas já eram cunhadas com a imagem de seus soberanos, e, entre os romanos, retratos eram utilizados como culto aos antepassados. Na época, o termo era fiel a sua derivação do latim retrahere, que significa copiar: a imagem deveria ser plenamente compatível com a aparência do modelo. A ideia de retrato como algo popular, como a temos hoje, é recente e gradual – começou no século XV e se consolidou de fato apenas com o surgimento das fotos, no século XIX.

Como explicou o fotógrafo e professor do Curso de Foto da ESPM, Leopoldo Plentz, o retrato foi o primeiro assunto da fotografia: “Até 1839, quando ela se tornou domínio público, o homem só tinha acesso a sua imagem pelo espelho ou pela pintura, um recurso restrito à aristocracia. Com a popularização das fotos, explodiu uma demanda anteriormente reprimida. Todos queriam ser retratados”, contextualiza. Ainda de acordo com ele, quando chega a virada do século, a fotografia de retratos torna-se uma verdadeira febre. Como consequência da ascensão social européia, cidades como Paris e Londres são tomadas por estúdios de retratistas. “O fotógrafo francês Disdéri ficou rico ao inventar a ‘carte de visite’, utilizada pelas pessoas para presentearem seus entes queridos com fotos de si. Muitos outros empreendedores enriqueceram ao pegar carona nessa invenção”, conta Plentz. Foi apenas com o aprimoramento das técnicas fotográficas que as câmeras começaram a sair dos estúdios

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