Geografia, perguntado por Saorichan257, 7 meses atrás

Qual a importância da reforma agrária para as zonas urbanizadas?​

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Respondido por eduardamelissacabral
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Resposta:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou, nesta sexta-feira (5), o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular, cujos objetivos são a democratização do acesso à terra e o combate à crise econômica e social agravada pela pandemia de covid-19.

Os objetivos, como defende Débora Nunes, da direção nacional do MST em Alagoas, são consonantes, uma vez que a “reforma agrária é necessária para abastecer de alimentos as cidades, principalmente as periferias urbanas e para garantir uma relação equilibrada entre os seres humanos e a natureza”.

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Durante o lançamento do plano, por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Nunes afirmou que a intenção do movimento é uma “convivência harmoniosa, onde nós podemos, na preservação da biodiversidade, tirar o fruto, o alimento necessário, mas que a gente possa, sobretudo, também preservá-la".

"É a nossa proposição e a nossa construção prática nesses 36 anos de movimento”, disse a agricultora.  

Segundo a visão do MST, a convivência harmoniosa é uma das consequências práticas da Reforma Agrária e não será possível a permanência no campo sem a preservação do meio ambiente. "Trata-se de um modo de vida na agricultura que é a construção da agroecologia: não é possível produzir alimento saudável, não é possível preservar o meio ambiente, se a gente não enfrenta diretamente a destruição que o agronegócio tem feito com todos esses biomas, os bens comuns da natureza”.

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Mas para que a Reforma Agrária aconteça e a agroecologia torne-se uma realidade massiva, é preciso alterar a estrutura fundiária brasileira. O último Censo Agropecuária, de 2019, do IBGE, com informações referentes a 2017, 1% das 5.073.324 propriedades de terra do País concentram 47,6% da área ocupada por todas as fazendas, com mais de mil hectares. Em 2006, ano da pesquisa anterior, essa concentração era de 45%. Já as propriedades com até 10 hectares, que são 50% dos estabelecimentos e ocupam 2,3% do território rural.

Arte gráfica: Fernando Bertolo/BdF*

O atual modelo do agronegócio está intimamente ligado à industria do veneno. O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) já deu diversas demonstrações de que está do lado, tanto dos latifundiários, com manobras como a Medida Provisória 910, a chamada MP da Grilagem, que pretendia distribuir 65 milhões de hectares de terras públicas para fazendeiros e desmatadores, principalmente nos estados da Amazônia Legal; quanto dos agrotóxicos, tendo liberado somente nos primeiros dez meses de governo mais agrotóxicos do que em 14 anos.

"Temos combatido o uso de agrotóxicos e denunciado o que as grandes empresas transnacionais e o capital têm feito no campo com o uso intensivo de agrotóxico, contaminando a terra, o lençol freático e destruindo a possibilidade que a biodiversidade seja preservada”, defende Nunes.

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