qual a diferença entre a nossa eleição com a eleição estadunidense?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1- Campanha eleitoral
Brasil: Temos horário político, é possível utilizar carro de som e cartazes. Também há um prazo de início e término para a campanha partidária.
Estados Unidos: Não existe horário político, mas a mídia é bem utilizada. A campanha eleitoral pode começar 1 ano e meio antes, utilizando cartazes e comerciais de TV. Também é possível usar lobistas e até famosos nas campanhas. Uma diferença é que as campanhas políticas de lá não é proibido utilizar o nome do adversário e até mesmo do partido para atacá-lo.
2 – Sistema de votação
Brasil: O voto é obrigatório e utilizamos a urna eletrônica para a coleta de votos.
Estados Unidos: Nos EUA não é obrigatório e o sistema de votação depende de cada estado, e eles possuem um sistema de votação diferente:
Urna: em alguns estados, é utilizado a “electronic voting machine”;
O voto também pode ser feito em cédula de papel no posto de votação;
Absentee ballot é o voto por correspondência. O eleitor recebe em sua casa as instruções e envelopes para votar, com a lista de candidatos que estão concorrendo ao cargo. Caso o candidato do eleitor não esteja na lista, ele poderá colocar o nome dele e votar mesmo assim
Write-in: é o voto em candidato que o nome não está na cédula.
3- Identificação
Brasil: Utilizamos o famoso “título de eleitor”, e para isso a pessoa deve se cadastrar na zona eleitoral e recebe o título.
Estados Unidos: Cada estado tem um sistema diferente. Em alguns lugares você pode se registrar no mesmo dia da eleição, e em North Dakota, por exemplo, não é necessário fazer o registro. O Voter’s Registration Card é dado à pessoa que fizer esse registro para votação. Caso seja do interesse, você poderá se filiar a um partido na hora de se registrar num posto de votação.
4 – Partidos
Brasil: No Brasil, atualmente, há 35 partidos registrados no TSE. Confira aqui suas siglas e presidentes.
Estados Unidos: Desde 1855, os Estados Unidos foi dominado por dois principais partidos, os Democratas (Democrats Party) e os Republicanos (Republican Party). Lembrando que “party” em inglês, além de significar festa, também significa partido.
Explicação:
Voto não obrigatório:
Diferente do Brasil, o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. De modo que os candidatos têm que fazer esforço extra não só para conquistar a preferência, mas também para engajar os eleitores a comparecerem às urnas no dia da eleição.
Voto indireto:
Aqui no Brasil, é eleito o candidato com maior número de votos populares absolutos. Nos Estados Unidos não é assim que funciona.
Nas eleições de 2016, por exemplo, a candidata Hillary Clinton teve mais votos, com 48% contra 46% de Trump, que acabou sendo eleito.
Isso acontece porque, nos Estados Unidos, os votos são indiretos.
Funciona basicamente assim: cada estado é um colégio eleitoral, com números diferentes de delegados eleitorais de acordo com o tamanho da população de cada região e seus representantes na Câmara e no Senado. Tradicionalmente, o candidato mais votado pela população em cada colégio eleitoral leva os votos da totalidade dos delegados.
São 538 delegados. O candidato que tiver voto de 270 deles (metade mais um) é eleito.
Eleições não são aos finais de semana
Nos Estados Unidos, as eleições presidenciais ocorrem sempre às terças-feiras seguintes às primeiras segundas-feiras de novembro.
Aqui no Brasil, as eleições são aos domingos e a característica americana também costuma dificultar o comparecimento às urnas, já que exige uma falta no trabalho, que pode ser descontada do salário.
Não há segundo turno
Devido à característica anterior, praticamente não há possibilidade de empate nas eleições presidenciais americanas. Por isso, não há segundo turno, como quase sempre há aqui no Brasil.
Outra diferença em relação ao Brasil é que por lá sempre podemos observar apenas dois candidatos nos debates presidenciais. Isso porque há apenas dois partidos hegemônicos, os Democratas de Biden, e os Republicanos de Trump.
Aqui no Brasil, como sabemos, há um mar de partidos. E surgem novos a todo momento, o que dificulta o entendimento das verdadeiras pautas de cada partido e candidato.
Nos Estados Unidos, na prática, há mais partidos. Mas eles são todos de pequena expressão e desde 1852 são os Republicanos e Democratas que se revezam na presidência.
Quem vai vencer as eleições de 2020?
Dadas todas essas principais características, a previsão de um candidato vitorioso não é das mais simples.
Mesmo assim, em votos absolutos, na média das pesquisas mais recentes, Biden aparece entre oito e nove pontos a frente de Trump.
Essa diferença, porém, vem se reduzindo.
Especialistas afirmam que, mesmo assim, é improvável que Trump consiga reverter esse resultado.
Pesquisas mais detalhadas, que projetam os votos por colégio eleitoral e levam em conta estados chave, também relatam que vitória de Biden parece mais provável. Principalmente a poucos dias das eleições.
O que meus investimentos têm a ver com isso?
Ao analisar as reações do mercado financeiro e do mundo dos investimentos, ninguém parece temer a candidatura de um candidato ou outro.
Mesmo assim, todos estão de olho na diferença de votos entre Biden e Trump. Isso porque tudo parece caminhar para a vitória de Biden, e Trump já avisou que se perder recorrerá à justiça para contestar o resultado, que segundo ele, terá sido fraude.
Por mais incoerente que isso possa parecer, caso a diferença de votos seja pequena, o temos é que os recursos causem uma turbulência política nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, chacoalhando o mundo dos investimentos.
Por isso, vale a pena estar preparado e com "sangue frio" pois alguns dias difíceis não poderiam ser considerados surpresa, principalmente se as pesquisas de intenção de voto se acirrarem.