qual a diferença entre a Mishná e a Guemara?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A Guemará e a Mishná juntas compõem o Talmude. O Talmude então compreende dois componentes: a Mishná – o texto central; e a Guemará – análise e comentário que “completa” o Talmude (ver Talmude).
Num sentido mais restrito, a palavra Guemará refere-se ao domínio e transmissão da tradição existente, ao invés de sevará, que significa a dedução de novos resultados através da lógica. Ambas as actividades estão representadas na "Guemará" como um trabalho literário. O termo "Guemará" usado para a actividade de estudo é muito mais remoto que o seu uso para denominar qualquer texto: assim o Pirke Avot, um trabalho que precede em muito tempo a composição do Talmude, recomenda começar a Mishná com 10 anos e a "Guemará" com 15 anos de idade. Os rabinos da Mishná são conhecidos como Tanaim (singular, Tana תנא), enquanto os rabinos da Guemará são referidos como Amoraim (singular, Amora אמורא).
Explicação:A Guemará (também pronunciada Guemora, e raramente Guemorra) (do aramaico גמרא gamar; literalmente, "estudar" ou "aprender por tradição") é a parte do Talmude que contém os comentários e análises rabínicas da Mishná. Depois da publicação da Mishná por Judá haNasi, conhecido como "o Príncipe" (cerca do ano 200 da Era Cristã), o seu trabalho foi estudado exaustivamente geração após geração por rabinos na Babilónia e na Terra de Israel. As suas discussões foram escritas numa série de livros que se tornaram a Guemará, a qual quando combinada com a Mishná constituiu o Talmude.
Existem duas versões da Guemará. Uma versão foi compilada por sábios de Israel, primeiramente das academias de Tibérias e Cesareia, que foi publicada entre os anos 350 e 400 da Era Cristã. A outra versão por sábios da Babilónia, inicialmente das academias de Sura, Pumbedita, e Mata Mehasia, foi publicada por volta do ano 500 da Era Comum. Por convenção, uma referência à "Guemará" ou "Talmude", sem qualquer outra qualificação, refere-se à versão babilónica.