Qual a contribuição de gramsci nos estudos sobre o poder
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Resposta:
Na concepção de Gramsci, poder não era uma coisa a ser tomada, mas um conjunto de relações sociais, um processo longo e gradual de uma reforma moral e intelectual das classes subalternas.
Explicação:
Chama a atenção para a ortodoxia que, conforme destaca, "não deve ser buscada neste ou naquele seguidor da filosofia da práxis, nesta ou naquela tendência ligada a correntes estranhas à doutrina original, mas no conceito fundamental de que a filosofia da práxis basta a si mesma"
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Explicação:
Resposta:Ele dialoga com seus colegas do Partido Comunista, no contexto do marxismo clássico, chamando a atenção para um grande problema: por que os intelectuais estão distantes das massas? Como fazer as massas terem poder de decisão na política?
Gramsci vai pensar a concepção dialética da história mostrando os erros metodológicos do Partido para que a classe operária pudesse chegar ao poder com o objetivo de derrubar o Estado burguês. Nesse ponto Gramsci não discordava de Marx: o Estado era um Estado de classes, o qual deveria ser derrubado.
O ponto de reflexão estava centrado na relação entre o materialismo idealista e o materialismo histórico, no qual Gramsci demarca diferenças ao romper com as tendências mecanicistas do seu partido (PCI), que concebia o poder como um lugar coisificado, tomado pelo Estado. Segundo Coutinho (1989, p. 31), "o Maximalismo é uma concepção fatalista e mecanicista da doutrina de Marx [...]. É inelutável que o proletariado vença (diz o Maximalismo). É inútil que a gente se mova: para que se mover e lutar, se a vitória é fatal e inelutável? E um maximalista pode estar [...] também no Partido Comunista".
Na concepção de Gramsci, poder não era uma coisa a ser tomada, mas um conjunto de relações sociais, um processo longo e gradual de uma reforma moral e intelectual das classes subalternas. Chama a atenção para a ortodoxia que, conforme destaca, "não deve ser buscada neste ou naquele seguidor da filosofia da práxis, nesta ou naquela tendência ligada a correntes estranhas à doutrina original, mas no conceito fundamental de que a filosofia da práxis basta a si mesma"
A conquista da hegemonia se dá antes da tomada do poder e se fundamenta pelo consentimento, pela direção político-ideológica, pela persuasão permanente e pela batalha cultural. A reforma intelectual é a condição para a conquista da hegemonia, é o caminho para a formação da consciência de classe.
A luta pela hegemonia, uma batalha de ideias, de visão de mundo, de ideologia e de projetos políticos em disputa, assume uma importância central na luta pelo poder do Estado e em sua conquista. Pode ser um consentimento ativo não só no discurso, mas, principalmente, na ação política, é, portanto, um processo pedagógico. É importante salientar que hegemonia não pode ser confundida com dominação; hegemonia representa uma direção, conquista, luta, guerra de posição. Gramsci (2002, p. 262, v. 3), diferencia o Ocidente (guerra de posição) do Oriente que é uma guerra de movimento, ataque do Estado de assalto coercitivamente pela força:
Explicação:A ideia de se construir uma Nova Cultura põe fim à divisão entre governantes e governados, a reforma intelectual é a condição para a hegemonia, caminho da cultura e da política, é sinônimo de transformação social e histórica. No contexto do Risorgimento, na Itália do século 19, Gramsci questiona a revolução passiva ou revolução pelo alto em que o poder permanece no Estado e exclui a participação do povo. Ressalta a formação de uma elite de homens de gabinete separando a cultura (elitistas) do povo num corporativismo autônomo da realidade. Para Gramsci, a aliança entre camponeses e operários é condição de vitória da revolução proletária. Sem uma nova cultura, as classes subalternas continuam subjugadas à hegemonia das classes dominantes, donde sua crítica a Sorel, que buscava uma reforma intelectual e moral do povo francês pelas altas classes da cultura que tinha para o povo um programa particular: