Artes, perguntado por railorrane, 4 meses atrás

Quais trabalhos trouxeram as memórias de modo mais forte? ​

Soluções para a tarefa

Respondido por vitinhoooox
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Resposta:

oi.

Explicação:

No Brasil, o realismo foi um movimento literário em que seu principal expoente foi Machado de Assis. Inclusive, tal estilo teve como marco inicial no país a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubras, um dos mais célebres romances machadianos.

O realismo, de forma ampla, foi uma escola estética de grande influência nas artes ocidentais no final do século XIX. O movimento cultural recebeu esse nome porque tanto a literatura como a pintura e a escultura engajaram-se, nessa época, com o compromisso da verossimilhança e a proposta de retratar a realidade tal como ela era. Em contraposição ao romantismo, movimento que antecedeu o realismo e cuja característica principal era a valorização da subjetividade e da sentimentalidade, o realismo privilegiou a objetividade e a racionalidade.


railorrane: muito obrigado
Respondido por harunogames6000
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resposta:  A “memória” é um conceito que já foi abordado por inúmeros autores e por meio de uma gama diversificada de vieses e referenciais teóricos. Podemos defini-la no seu aspecto neurofisiológico, ou numa das variadas abordagens psicanalíticas, como também é possível encará-la como um fenômeno social – de expressão tanto individual quanto coletiva. Esta faculdade humana, que pode ser entendida como a capacidade de conservar certas informações, possui consequências que extrapolam muito os seus próprios conceitos.

Como veremos, ela exerce influência sobre a história (da sociedade e de cada indivíduo), a política, a linguagem, a cultura e a construção da identidade de um espaço urbano. Podemos dizer ainda que a memória é um dos elementos que nos caracteriza como seres humanos. Portanto, o estudo do seu conceito, embora apenas introdutório, torna-se imprescindível para o tema deste capítulo.

No início do século XX, o sociólogo Maurice Halbwachs trouxe uma importante ruptura com a ideia que se tinha até então de memória. Acreditava-se que o indivíduo era o único responsável pelo resgate de seu próprio passado, ou seja, que a memória era regida exclusivamente por leis biológicas. Os trabalhos de Halbwachs foram pioneiros, pois trouxeram ao estudo da memória, o fator social, mostrando a existência de uma relação íntima entre o individual e o coletivo.

Quando nos recordamos de algum acontecimento, fazemos o uso da nossa memória. A impressão mais intuitiva ao fazer este exercício é que, aquilo que estou recordando faz parte da “minha memória”, ou seja, “pertence a mim”, “nasceu das minhas observações” e “perecerá comigo”. O que precisa ser observado é que boa parte das lembranças de um indivíduo é relativa a momentos compartilhados com outros, seja no ambiente familiar, no trabalho, na escola, ou, numa escala maior, em um bairro, cidade, ou até país.

Dessa forma, pode-se dizer, em consonância com Halbwachs, que a memória individual é um ponto de vista sobre a memória coletiva. Se boa parte das lembranças que temos é relativa a momentos em que a memória é compartilhada, ainda existe uma parcela de momentos que foram vivenciados por uma pessoa somente. Até mesmo esses momentos individuais possuem relações com o coletivo?

Ora, qualquer ser humano é resultado, também, das interações sociais que experimentou; além disso, a nossa memória individual ancora-se em diversos pontos de referência como sons, paisagens, sentimentos, elementos do espaço que se encontra, entre outros. Assim, mesmo que uma lembrança individual não envolva diretamente nenhuma outra pessoa, ela necessariamente se insere no mesmo espaço que o das lembranças de várias outras pessoas. “arquivada” pelos seus recursos mentais que se constituíram, também, de maneira social e pode se materializar através da linguagem, que é, novamente, uma construção social.

A partir da compreensão da memória individual, o próximo passo é estabelecer o que é a memória coletiva, a que ela se refere. Quando há uma lembrança que foi vivida por uma pessoa – ou repassada para ela – e que diz respeito a uma comunidade, ou grupo, essa lembrança vai se tornando um patrimônio daquela comunidade. As informações mais relevantes dessas lembranças vão sendo repassadas de pessoa a pessoa e vão constituindo a história oral de um determinado lugar, ou grupo. Essa memória coletiva, geralmente tenderá a idealizar o passado e, na maioria das vezes, estará vinculada a um acontecimento pontual, que será considerado o de máxima relevância.

Todo o restante, que envolve aquele acontecimento, é fadado ao esquecimento, ou a um constante processo de atualização. Vemos esse fenômeno aparecendo também nos estudos de Freud, quando a memória passou a ser compreendida como uma capacidade psíquica seletiva. Assim, esse processo de esquecimento também faz parte da construção da memória coletiva de uma comunidade. Como apontado por Olga Von Simson, a memória coletiva:

É formada por fatos e aspectos julgados importantes e que são guardados como a memória oficial da sociedade mais ampla. Se expressa no que chamamos de lugares da memória. Eles são os memoriais, os monumentos mais importantes, os hinos oficiais, quadros célebres, obras literárias e artísticas que expressam a versão consolidada de um passado coletivo de uma dada sociedade (VON SIMSON, 2003).


railorrane: muito obrigado ☺️
harunogames6000: dinada
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