Quais sao os maleficios de uma dieta rica em acucar e sodio?
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Segundo a nutricionista especializada em alimentação escolar Jeanice
de Azevedo Aguiar, os três são nutrientes que, se consumidos em grandes
quantidades, levam basicamente ao mesmo destino: altos níveis de
colesterol, triglicérides e pressão arterial, obesidade e baixa
qualidade de vida. “O sódio em excesso pode trazer complicações
no controle da pressão logo na infância. Ele também pode causar
sobrecarga nos rins, já que é lá que o nutriente é filtrado”, afirma a
especialista. De acordo com ela, um dos grandes problemas de
incluir altas quantias de sódio na alimentação da criança logo cedo, por
meio de salgadinhos, temperos prontos, caldos concentrados, molhos
prontos, sopas industrializadas e o próprio sal de mesa, entre outros, é
a habituação do paladar a comidas muito salgadas. “Tem criança que mal
completa um ano e já está com o pacote de salgadinhos na mão. O paladar
dela vai sendo calibrado para o salgado, e sempre que ela ingerir
qualquer alimento que não contenha aquela quantidade de sal, vai
reclamar”, esclarece. O mesmo acontece com o açúcar, um dos
principais vilões da alimentação infantil que, muitas vezes, é
introduzido na dieta infantil desde muito cedo. “Algumas mães, quando
trocam a alimentação natural (leite materno) pela artificial (leite
industrializado), colocam açúcar na mamadeira, o que não deve ser feito.
Da mesma forma que ocorre com o sal, o açúcar em excesso vai acostumar o
paladar do bebê ao gosto muito doce”, orienta a nutricionista. O
açúcar encontrado nos doces, sorvetes, chocolates e bolos, entre
outros, além do próprio açúcar refinado, é o chamado “carboidrato
simples”. Isso significa que, após ser ingerido, ele é rapidamente
absorvido pela corrente sanguínea, podendo elevar o nível de glicose no
sangue. Portanto, um dos principais riscos do consumo excessivo deste
alimento é a diabetes. “Se houver, ainda, o aspecto genético na família,
a situação fica bem mais complicada. Junta a hereditariedade a questões
de habito, e a criança pode apresentar a doença logo na primeira
infância, que é o período entre zero e cinco anos”, alerta a
especialista. Outras consequências do consumo em grande quantidade
incluem obesidade, colesterol alto e o aumento do nível da
triglicérides, além de cáries. Alguns estudos também sugerem que o
açúcar pode piorar casos de jovens hiperativos ou com déficit de
atenção. “Apesar de esta relação ainda não ter sido cientificamente
comprovada, quando é detectada hiperatividade na criança, uma das
medidas é, de fato, minimizar a quantidade de açúcar na dieta”,
esclarece. No caso das gorduras, são consideradas ruins as de
origem animal, que são formadas basicamente por gorduras saturada e
trans e colesterol. Elas podem ser encontradas em carnes e laticínios
gordos, bem como em grande parte dos produtos industrializados. Sua
ingestão deve ser controlada, com exceção do leite integral que, apesar
de muito gorduroso, é importante para a absorção do cálcio no organismo
na criança e, portanto, não deve ser retirado da dieta. Jeanice
alerta que, apesar de a gordura animal ser a mais perigosa, as de origem
vegetal também podem ser prejudiciais. “A partir do momento em que você
aquece o azeite ou o óleo de canola, por exemplo, eles perdem suas
propriedades e se transformam em gorduras saturadas, podendo causar o
mesmo dano que a gordura animal”, orienta. Se consumidas em
excesso, as gorduras podem causar complicações para as veias e artérias
das crianças, que passam a apresentar desde muito cedo níveis elevados
de colesterol e triglicérides e, consequentemente, aumento da pressão
arterial. O fígado, órgão onde são metabolizadas, pode ficar “gorduroso”
devido à sobrecarga, ou seja, passa a ter dificuldade para metabolizar
os outros nutrientes. A longo prazo, as consequências são muito piores e
podem até levar a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
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