quais são os fundamentos do anarcocapitalismo?
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O anarcocapitalismo é uma ideia de sociedade com ausência total do Estado, regido apenas pelo livre mercado e as regras do PNA (princípio de não agressão), fundamentada por uma ideia mais extrema do liberalismo econômico.
Resposta:Anarcocapitalismo (também conhecido como anarquismo de livre mercado,[1][2] anarquismo libertário,[3][4] anarquismo de propriedade privada[5] ou anarcoliberalismo)[6] é uma filosofia política capitalista que promove a anarquia entendida como a eliminação do Estado e a proteção a soberania do indivíduo através da propriedade privada e do mercado livre.[2][5][7][8] Em uma sociedade anarcocapitalista, a educação, a saúde, bem como a polícia, os tribunais e todos os outros serviços de segurança pública seriam fornecidos por concorrentes privados em vez de impostos, e o dinheiro seria fornecido de forma privada e competitiva num mercado aberto, inclusive o uso de moedas correntes . Portanto, as atividades pessoais e econômicas no anarcocapitalismo seriam reguladas através de gestão e direito privado, e não pela lei da gestão política.[9]
Os princípios da ética política dos anarcocapitalistas geralmente decorrem da ideia de autopropriedade e do princípio da não agressão, que significa, respectivamente, o direito ao domínio sobre si mesmo e sua propriedade e a proibição de coerção ou fraude contra as pessoas e seus bens.[7][10] Os anarcocapitalistas consideram que o direito à propriedade é o único que pode materialmente pagar direitos individuais e que a existência do Estado é contraditória com a existência de ambos os direitos. Na ética política anarcocapitalista, o importante é como a propriedade é adquirida, mantida e transferida; o que indica que a única maneira justa de adquirir uma propriedade é através da apropriação original baseada no trabalho, troca voluntária (por exemplo, comércio e doação). Embora o objetivo do anarcocapitalismo seja maximizar a liberdade individual e a prosperidade, essa ideia reconhece os acordos solidários e comunais como parte da mesma ética voluntária.[11] A partir dessas premissas, os anarcocapitalistas derivam como consequência lógica a rejeição total do Estado - como uma instituição que exerce o monopólio do poder sobre os habitantes de determinada região (em geral: país/nação/reino), onde seus representantes de governo afirmam ser legítimo - e a adoção da livre iniciativa, onde as agências privadas ofereceriam um mercado de serviços - empréstimos e segurança pública incluídos - para os indivíduos.
Esta corrente política aparece durante a segunda metade do século XX dentro do libertarianismo[5] e, por sua vez, é uma forma de anarquismo contemporâneo sem relação com o anarquismo histórico,[12][13] mas que leva ideias do antigo anarquismo americano do século XIX, descartando sua teoria do valor-trabalho que substitui a lei da utilidade marginal da revolução marginalista na economia e que geralmente incorpora a abordagem da escola austríaca como método de análise das ciências sociais.[14][15] Em alguns casos, também baseia seus argumentos econômicos e jurídicos em teorias como a análise econômica do direito ou na teoria da escolha pública.[16] Existem várias formas de anarquismo. O anarcocapitalismo está sob o plano filosófico moral, onde o fundamento pode ser uma defesa jusnaturalista ou consequencialista da liberdade individual e da liberdade negativa, ou pode recorrer a outras premissas como exemplo da ética argumentativa.[17] ou do contratualismo.[18]
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