Quais são as principais funções econômicas dos rios?
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é realizado pela Hidrologia (ou Hidrografia), ciência que analisa as características gerais e a distribuição espacial das grandes extensões de águas no globo terrestre.
Os rios, ou cursos fluviais, sempre foram, e são até hoje, um dos mais importantes recursos para a sobrevivência da humanidade. São eles que nos fornecem grande parte da água que consumimos, que usamos para produzir nossos alimentos, de que necessitamos para nossa higiene e que utilizamos para irrigar o solo das áreas agrícolas.
Além disso, os rios também são muito importantes pelo fato de serem usados, em várias regiões, como vias naturais de circulação, ao longo das quais as embarcações se deslocam transportando mercadorias e pessoas; e, ainda, por sua utilização na produção de energia hidrelétrica, sem esquecer da importância que têm pela exploração da pesca como fonte de alimentos.
O objetivo maior da Hidrologia é, sem dúvida, compreender como o homem se apropria dos rios, dando a eles um uso económico, seja por meio da navegação ou da irrigação dos solos agrícolas, seja por meio da pesca ou da produção de energia elétrica.
Um rio pode se originar das mais diversas formas, porém a mais comum - aquela que caracteriza a maior parte da hidrografia planetária - é a que faz com que o rio se forme a partir de uma sucessão de fenómenos e de contínuas transformações ocorridas na natureza, que caracterizam o chamado ciclo da água.
Os rios são correntes volumosas de água que se deslocam na superfície terrestre, por meio de canais permanentes e com rumo definido, sempre das áreas mais elevadas para as menos elevadas. Seu destino final pode ser o oceano, um outro rio, ou até mesmo um lago.
A distribuição dos cursos d'água pela superfície de um lugar se faz sempre de acordo com uma determinada hierarquia, em que os filetes de água das áreas mais elevadas vão se unindo a outros, recebendo mais alguns e levando um volume cada vez maior de água até um outro curso d'água localizado em altitude menor e de porte médio.
Este, por sua vez, descarrega toda essa água em um rio situado em altitude menor e, ainda, de maior porte; e assim sucessivamente, até que o rio termine em um lago interior ou no oceano, o que é o mais comum. Essa hierarquia compõe o que se denomina rede hidrográfica, que corresponde ao conjunto de rios que drenam as águas de uma determinada região. Esse conjunto é formado por um rio principal (o mais volumoso), seus afluentes e os inúmeros tributários desses afluentes.
O espaço territorial drenado por uma rede hidrográfica corresponde a uma bacia hidrográfica, que é, na verdade, a parte que nos interessa, pois nela vivem as pessoas que exploram as águas dessa rede hidrográfica para garantir a sua subsistência e desenvolver atividades económicas.
A área de uma bacia hidrográfica pode variar desde alguns poucos quilómetros quadrados até espaços gigantescos, com vários milhões de quilômetros quadrados. A bem da verdade, toda a superfície terrestre pode ser repartida em numerosas bacias hidrográficas, separadas umas das outras por áreas do relevo com topografia de maior altitude, denominadas divisores de águas. Essas áreas impedem que os cursos de água de uma determinada bacia sejam captados por rios de uma outra bacia vizinha.