Geografia, perguntado por Elizandra2015, 1 ano atrás

Quais são as plantas que são adaptadas ao clima semiárido?

Soluções para a tarefa

Respondido por anaclara20032
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Normalmente são plantas adaptadas a clima seco, não são plantas grandes, no geral plantas como arbustos baixos,cactos. As arvores mais comuns são os juazeiros,xiquexique e mandaracu.

espero ter ajudado...

Elizandra2015: Muito obrigada,ajudou muito
yarayasmin: De nada
Respondido por yarayasmin
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Pesquisa identifica plantas nativas da caatinga

Levantamento feito em cidades do semiárido baiano organiza um banco ativo de unidades conservadoras de material genético com finalidade de selecionar espécies forrageiras adaptadas às condições de solo e clima da região semiárida

Do Multiciência, por Karine Nascimento*
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Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga é um patrimônio genético rico e variado. A vegetação é tipicamente xerófita, com plantas adaptadas ao ambiente de clima seco e chuvas irregulares. Entre as principais espécies de árvores, destacam-se o juazeiro (Ziziphus Joazeiro Mart.), o angico (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan), a favela (Cnidoscolus phyllacanthus), e entre as cactáceas, o xiquexique e o mandacaru.

Esse bioma possui características singulares para a convivência com o semiárido, como folhas pequenas e espinhos para diminuir a evaporação, além de raízes que se aprofundam no solo para buscar lençóis subterrâneos de água.



Folhas pequenas e espinhos são características únicas das plantas que sobrevivem no semiárido

Contudo, poucos agricultores têm conhecimento da variedade de espécies nativas da caatinga, a exemplo das plantas forrageiras, utilizadas na suplementação dos animais, como o “estilosantes” (nome científico Stylosanthes spp). A planta pode ser usada em culturas consorciadas e na recuperação de solos degradados, além se ser um banco de proteínas na alimentação dos caprinos e ovinos.

Para conhecer essa variedade genética, o doutor em Zootecnia, Claudio Mistura, professor do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), campus, Juazeiro, desenvolve estudos  sobre o estilosantes. Segundo o professor, as leguminosas forrageiras apresentam propriedade nutritiva superior às gramíneas. “A qualidade protéica varia de 13 a 23% entre os diferentes acessos de estilosantes nativos da caatinga, enquanto o capim-buffel, gramínea forrageira, tem valor nutritivo de 4 a 5% no período seco e de 8 a 10% no chuvoso”, esclarece o pesquisador.



Claudio Mistura desenvolve estudos sobre estilosantes em Juazeiro

Banco de Germoplasma - A partir do levantamento feito nas cidades baianas de Juazeiro, Sobradinho, Sento Sé, Remanso, Casa Nova, Campo Alegre de Lourdes, Curaçá e Canudos, o pesquisador está organizando um “Banco Ativo de Germoplasma” (BAGs), onde estão cultivados os diferentes acessos de Stylosanthes sp. Coletados na microrregião de Juazeiro, com a finalidade de selecionar espécies forrageiras adaptadas às condições edafoclimáticas da região semiárida. Neste caso, são avaliados tanto a produção de forragem como o valor nutritivo destas plantas, além de conservar o patrimônio genético local.

Para compor o banco, é realizada a coleta de acessos de Stylosanthes e estruturação dos BAGs. Em seguida, é feita a multiplicação do material coletado, as espécies estão em processo de classificação. Após estas etapas, as “mudas” são plantadas em áreas previamente estabelecidas. Ao final, é feita uma avaliação quali-quantitativa dos materiais preservados e da produção de semente dos acessos avaliados.

As plantas são cultivadas nas áreas experimentais da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb); Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs); Uneb; e na Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE.

Para o pesquisador, esse estudo pretende beneficiar o pequeno produtor, melhorando a pastagem. “O estilosantes nativo possui o ciclo vegetativo maior e com qualidade superior, devido o sistema radicular mais profundo, o que favorece a captação de água e nutrientes”, explica o professor. Ele acrescenta que, além da qualidade protéica superior às gramíneas, principalmente do capim-buffel (Cenchrus ciliaris), a leguminosa gera um melhor desempenho do animal e contribui com o pequeno produtor, por utilizar o estilosantes que é resistente à seca e adaptável ao solo de baixa fertilidade.

A estruturação da pesquisa, além de contribuir para o conhecimento das plantas nativas da região, colabora na formação de novos pesquisadores que participam do projeto. O estudante de Engenharia Agronômica da Uneb, Bruno Augusto de Souza Almeida, considera importante identificar as espécies nativas da região, pois há a possibilidade de preservar o bioma, identificando-as e depois levando esse conhecimento para o produtor. “É complicado fazer o melhoramento genético, demora muito, mas estamos trabalhando para o futuro”, explica.

A pesquisa do melhoramento genético, com o “Banco de Germoplasma Ativo” tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

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