Quais são as médias de isolamento da região
sul e sudeste?
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Resposta:
Especialistas na área da saúde afirmam que o pico da contaminação no Brasil deve ocorrer entre abril e maio deste ano e que, portanto, o isolamento social seria a forma mais correta de achatar a curva de crescimento do número de doentes. Cientes da possibilidade, governadores começaram a tomar atitudes nos estados para restringir a circulação da população.
Na última sexta-feira (27), o ministério da Saúde enviou para todos os governos estaduais um documento recomendando a ampliação do isolamento social a partir do próximo dia 6 de abril. No texto, o órgão afirma que o governo federal trabalha com a estimativa de ter que criar 20 mil leitos para o próximo mês.
Os números mais recentes divulgados pelo ministério confirmam a tendência de crescimento nos índices brasileiros. Nesta quarta-feira (1º), eram 6.836 casos confirmados de coronavírus, com 241 óbitos causados pela doença. Na terça (31), eram 5.717 e 201 mortes.
O avanço dos dados e a recusa de Jair Bolsonaro em isolar a população, ação recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguida pelos principais governantes do mundo, inclusive países com dimensões similares ao Brasil, como a Índia, fez com que a responsabilidade por impor medidas de quarentena fossem transferidas aos governadores.
O Brasil de Fato fez um levantamento do que foi determinado pelos governadores dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal:
Centro-Oeste
Distrito Federal
Desde o dia 11 de março, o Distrito Federal mantém regras de restrição para circulação da população. Nesta data, a principal anunciada pelo governo local foi a suspensão das aulas no estado. Uma semana depois, dia 19, comércios foram obrigados a baixar as portas, menos das áreas da saúde, alimentação e segurança.
No próximo dia 5 de abril, vence o decreto estadual e o governo local estuda uma prorrogação. O Distrito Federal é o único estado que proibiu a realização de cultos religiosos e determinou o fechamento de igrejas.
Goiás
Desde 13 de março, os goianos estão em casa. Férias escolares foram determinadas até 4 de abril, quando vence o decreto atualmente em vigor. Em Goiás, as visitas aos pacientes com suspeita de coronavírus foram suspensas. O comércio local está fechado e a autorização para funcionamento se estende somente ás áreas da saúde, alimentação e segurança, assim como mecânicas e borracharias.
Um decreto de 17 de março determinou o pagamento de R$ 5, diariamente, para alunos de escola pública, como forma de compensar a ausência da merenda escolar. Outra medida tomada pelo governo local, para frear a contaminação por coronavírus, foi permitir a circulação de passageiros somente sentados no transporte público.
Goianos também não terão a água cortada até dia 2 de abril. Isso porque, a Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) suspendeu o corte na região. Outros 50 serviços públicos podem ser solicitados gratuitamente pelos cidadãos.
Mato Grosso
No Mato Grosso, houve demora do governo local para tomar medidas. Somente na última terça-feira (25), foi decretada calamidade, suspendendo o funcionamento do comércio, exceto as áreas da saúde, alimentação, segurança, mecânicas e borracharias. As férias escolares foram antecipadas.
Mato Grosso do Sul
O Mato Grosso do Sul ainda não tomou medidas para todo o estado, somente o fechamento das escolas, públicas e particulares. O conteúdo das aulas é distribuído eletronicamente e os alunos estudam de casa.
Dessa forma, coube aos município agirem. Em Campo Grande e Dourados, há toque de recolher para a população, que não pode sair às ruas após 22h. Em Ponta Porã, por determinação federal, houve reforço policial para o fechamento, e fiscalização, da fronteira do Brasil com o Paraguai.
Nordeste
Alagoas
No estado, o comércio ainda funciona e a proibição é para eventos em espaços abertos com mais de 500 pessoas, ou para 100 convidados em casas fechadas. Servidores com mais de 60 anos foram liberados para trabalhar de casa.