Filosofia, perguntado por Dayanefarncine, 1 ano atrás

quais são as bases historicas da filosofia

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Respondido por Brunams415
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Filosofia (do grego Φιλοσοφία, philosophia, literalmente «amor pela sabedoria» [1][2] ) é o estudo das questões gerais e fundamentais relacionadas com a natureza da existência humana; do conhecimento; da verdade; dos valores morais e estéticos; da mente; da linguagem, bem como do universo em sua totalidade.[3] O termo foi cunhado por Pitágoras (570 – 495 a.C). Ao examinar tais questões, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentação racional; por outro lado, diferencia-se também das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação racional, a análise conceitual, a dialética, a hermenêutica, a fenomenologia, as experiências de pensamento e outros métodos investigativos a priori. A Filosofia é o saber mais abrangente – na medida em que ocupa-se com os grandes temas da humanidade. A partir dela, são fundamentadas e desenvolvidas teorias, metodologias, pesquisas, projetos educacionais, bem como elabora-se, inclusive, a própria fundamentação racional das instituições do conhecimento humano, i.e., as instituições científicas, artísticas, religiosas e culturais.

Por razões de conveniência e especialização, as disciplinas filosóficas foram classificadas em várias subáreas temáticas ou campos de estudo e investigação, entre os quais destacam-se principalmente a Metafísica (cujo ramo basilar é conhecido como Ontologia); a Epistemologia, a Lógica, a Ética (ou filosofia moral), a Estética (ou filosofia da arte), filosofia da mente, filosofia das ciências naturais e sociais, filosofia da religião, filosofia da matemática, filosofia da linguagem, filosofia da física e filosofia política.

A palavra "filosofia" (do grego) é uma composição de duas palavras: philos (φίλος) e sophia (σοφία). A primeira é uma derivação de philia(φιλία) que significa amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais; a segunda significa sabedoria ou simplesmente saber. Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber; e o filósofo, por sua vez, seria aquele que ama e busca a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.[4]

A tradição atribui ao filósofo Pitágoras de Samos (que viveu no século V a.C.) a criação da palavra. Conforme essa tradição, Pitágoras teria criado o termo para modestamente ressaltar que a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.[4]

A palavra philosophía não é simplesmente uma invenção moderna a partir de termos gregos,[5] mas, sim, um empréstimo tomado da própria língua grega. Os termos φιλοσοφος (philosophos) e φιλοσοφειν (philosophein) já teriam sido empregados por alguns pré-socráticos[6](Heráclito, Pitágoras e Górgias) e pelos historiadores Heródoto e Tucídides. Em Sócrates e Platão, é acentuada a oposição entre σοφία e φιλοσοφία, em que o último termo exprime certa modéstia e certo ceticismo em relação ao conhecimento humano.


Brunams415: 4) Um longo processo, determinado por esses fatores, promoveu uma mudança na mentalidade grega. A religião grega, tanto a pública, como aquela referida como “a religião dos mistérios”, era não dogmática e permitia que os filósofos expressassem suas ideias.
Brunams415: A poesia, buscava uma causa nos acontecimentos narrados e isso denota uma preocupação em compreender a realidade. A política, que se desenhava a partir daquilo que viria a se chamar democracia, dependia do discurso e da explicação racional das ideias.
Brunams415: O comércio, que se desenvolvia, permitiu tanto o contato com outras formas de pensamento, como também propiciou a invenção do alfabeto, da escrita alfabética e do calendário, de forma que começou a moldar na mentalidade do homem uma maior capacidade de abstração.
Brunams415: 5) A partir do final do século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfaziam mais com uma explicação mítica da realidade. O processo de transformação e de criação envolvido no desenvolvimento de técnicas levou ao questionamento a respeito do universo, se ele também não respondia a um processo semelhante. Por isso, alguns historiadores da Filosofia, como Marilena Chauí e Maria Lúcia Aranha, concordam que é entre o final do século VII a.C. e o século VI a.C. que surge a Filosofia.
Brunams415: 6) É em Mileto, situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales que, para a Aristóteles, é o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos pitagóricos.
Brunams415: 7) A autoria da palavra “filosofia” foi atribuída pela tradição a Pitágoras. As duas principais fontes sobre isso são Cícero e Diógenes Laércio. Ambos fazem uma narrativa parecida: Pitágoras teria sido interpelado pelo tirano de Fliunte sobre o nome de sua atividade ao que ele respondeu “filósofo”, isto é, amigo da sabedoria (junção das palavras gregas “philo” e “sophia”), pois, para ele, apenas os deuses poderiam ser realmente sábios.
Brunams415: 8) A fonte na qual Cícero se baseia para escrever sobre Pitágoras é Heráclides Pontico, discípulo de Platão, mas que era também influenciado pelos pitagóricos. No entanto, não se sabe da veracidade a respeito dessa informação. Como nota Ferrater Mora que também observa que não é possível saber se “filósofo” para Pitágoras significa o mesmo que significaria para Platão ou Aristóteles.
Brunams415: 9) No momento em que se começa a praticar a filosofia como atividade, a Grécia também testemunha o aparecimento dos sofistas. Os sofistas não se tratam de uma escola filosófica, eram professores itinerantes que ensinavam jovens, mediante pagamento, a arte da oratória.
Brunams415: 10) Para a história da filosofia ocidental, o filósofo Sócrates tem grande importância. A forma como ele entendia a atividade de filosofar e a sua investigação a respeito do humano apresenta uma inovação em relação aos outros filósofos, entre eles Tales e Pitágoras, que ainda tinham como centro de seus pensamentos a preocupação a respeito da origem do universo e outras questões relativas à natureza.
Brunams415: Por isso, esses filósofos são chamados de “pré-socráticos”. Os filósofos gregos que vieram depois de Sócrates, e alguns foram mesmo seus alunos, como Platão, são chamados de “pós-socráticos”.
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