Sociologia, perguntado por vitoria678312, 5 meses atrás

Quais os trechos do filme TROPA DE ELITE II mais refletem a realidade do Narcotráfico e violência no país? (Resposta com no mínimo 15 linhas)​

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Respondido por barbaraprogameryt
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Resposta:

Estreou nos cinemas, na semana passada, o filme Tropa de Elite, no Rio e em São Paulo. Estreou nos cinemas, pois em milhares de casas de todo o Brasil o filme já havia estreado em DVDs piratas. O filme, que conta a vida de um policial do Bope, Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, vem gerando discussão e polêmica na mídia que há muito tempo não se via. Em primeiro lugar, por conta da veiculação em DVD pirata de um filme antes de ter estreado no cinema, coisa que acontecia geralmente com filme americano de grande bilheteria.

A controvérsia maior, porém, tem se dado em relação ao conteúdo do filme, que inclui a prática de corrupção e tortura por parte da polícia. Críticos acusaram o filme de fascista e de usar técnicas hollywoodianas, com tomadas velozes, música envolvente e cenas de ação e violência. Para estes críticos, estes atributos estéticos limitariam a análise mais apurada das questões abordadas no filme.

A história do filme é baseada no livro Elite da Tropa, escrito por dois policiais do Bope e pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e ex-secretário Nacional de Segurança Pública do governo Lula. O diretor José Padilha, o mesmo do ótimo Ônibus 174, constrói a história do capitão Nascimento, que, em crise com o nascimento do filho, quer deixar o Bope. Antes, porém, se dedica a encontrar um substituto.

A partir daí, Padilha mostra a corrupção e a incompetência nas entranhas da Polícia Militar. Mostra também as dificuldades que policiais honestos e bem intencionados enfrentam para fazer cumprir a lei. Esses policiais, depois de ver todo tipo de irregularidades na Polícia Militar, conhecem o Bope, que acreditam ser a única saída para continuarem na corporação sem se sujar. O filme mostra, então, o treinamento desses policiais da tropa de elite, que se preparam para enfrentar a guerra contra o crime e para exterminar a bandidagem. Mostra também os policiais da elite em ação e os meios extremos, e quase sempre ilegais, que usam no bom combate contra os bandidos e a criminalidade.

Uma das críticas que se faz é que se trata de um filme de ação, com muita violência, que não ofereceria chance ao espectador de pensar. Ele apenas entraria na emoção do entretenimento e, ao sair da sala de cinema, não refletiria. A verdade é que, desde Cidade de Deus, não se fala tanto a respeito de um filme nacional. É só ver a repercussão na mídia para perceber que o filme provocou sim muita reflexão.

A impressão é de que a preocupação dos críticos está direcionada a um grupo específico de espectador. Têm medo do que alguns podem pensar sobre o filme. Por acreditarem que o filme faz uma apologia dos métodos truculentos da polícia, temem que as pessoas achem justificável esse tipo de comportamento.

É uma ingenuidade, pois o diretor não toma partido ao narrar os fatos. É só ver as cenas de tortura da polícia com sacos plásticos na cabeça, tiro a queima roupa na cara e cabos de vassouras, para se ter a certeza que Nascimento não é o mocinho da fita. A violência policial é uma realidade e parte da população acredita que essa seja a melhor forma de acabar com os marginais e manter a ordem. É esse, por sinal, o maior mérito do filme. Ao apresentar essa violência, que está no imaginário e no dia a dia da população, o filme desperta todo tipo de reação. Há desde aqueles que vibram com cada ação do capitão Nascimento e sua trupe. Há os que rejeitam esse modo de agir. E há também aqueles que ficaram atônitos depois do filme sem saber o que pensar.

É preciso ter em conta, também, que o filme é uma obra de ficção. Embora se apresente diante de nós como um filme sobre a realidade da polícia e do tráfico de drogas, o filme é um obra de arte, tem um enredo e uma história muito bem construída. Nada no filme é de graça. Cada cena ou fala tem um sentido. Um filme de ficção está muito mais preocupado com os efeitos dramáticos e com a construção da trama, do que com a realidade sociológica.

Explicação:

espero ter ajudado e tbm espero ter essa resposta como melhor resposta pq pra eu ir pro próximo nível :D :) e tinha mais só que o brainly não permitiu

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