Biologia, perguntado por ketlinmonteiro60, 11 meses atrás

Quais os tipos de larvas dos crustáceos até atingirem a fase adulta?

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Respondido por sidneygomes2
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Os crustáceos são invertebrados artrópodes. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50.000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões, cracas, percebes, tatuís (Emerita brasiliensis, que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água (Daphnia) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.

Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos deserto.

Existe uma grande variedade de hábitos alimentares nos crustáceos, podendo ser filtradores de matéria orgânica em suspensão, carnívoros, herbívoros, saprófagos. Comumente, determinados apêndices torácicos, adaptaram-se para a coleta de alimento, predação ou consumo de suspensão. A boca é ventral e o trato digestivo quase sempre reto.

A excreção é feita pelas glândulas antenais ou glândulas verdes, em conjunto com as glândulas maxilares; são glândulas de igual função e estrutura, diferindo apenas na posição em que abrem seus poros. Também existem nefrócitos, que são células que fagocitam os excretas e fazem sua degradação intracelularmente. A principal excreta nitrogenada produzida é a amônia.

A maioria dos crustáceos é dióica, eles tem sexos separados, existem apêndices especializados para a reprodução; por exemplo, em decápodos podem se distinguir um par anterior de pleópodos como tendo função copulatória.  

Os ovários são semelhantes aos testículos em estrutura e localização. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdome mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.

Durante a cópula, o macho transfere para a fêmea uma cápsula com os espermatozoides, denominada espermatóforo, que ela abre na altura em que liberta os óvulos, este espermatóforo é depositado na espermateca, que é uma espécie de receptáculo seminal, os ovidutos em alguns grupos conectam diretamente com as espermatecas, e usam suas aberturas como gonóporos.  

A cópula pode ser precedida por comportamentos de corte, principalmente em alguns decápodos, por exemplo, o Caranguejo-Eremita, macho segura a fêmea com um quelípodo e bate atingindo-a com o outro, ou puxando-a para frente e para trás.  

Os sexos também podem se atrair por meio de feromônios. Os ovos são centrolécitos; nesse tipo de ovo, o núcleo é circundado por uma pequena “ilha” de citoplasma não-gemado no meio de uma grande massa de gema. A clivagem é superficial.  

Os ovos são muitas vezes incubados pela fêmea até o embrião estar totalmente formado, não sendo incomum encontrar camarões e caranguejos com ovos presos às patas abdominais. Os ovos geralmente libertam larvas chamadas de Náuplio que são pelágicas, fazendo parte do zooplâncton.

Morfologia dos crustáceos

Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.

Na cabeça: olhos geralmente compostos, como os dos insetos, mas colocados num pedúnculo, podendo mover-se;

antênulas ou 1as antenas (um par);

antenas ou 2as antenas (um par);

mandíbula ou 1a maxila (um par);

maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois pares);

No tórax: maxilípedes ou “patas-maxilas” (0-3 pares);

pereiópodes ou “patas-de-locomoção” podendo apresentar o primeiro par de pereiópodes quelado usado para defesa (até 5 pares);

No abdómen: pleiópodes ou “patas-nadadoras” (depende do número de segmentos) – muitas vezes com brânquias e outras adaptações para segurarem os ovos;

urópodes, que são o equivalente à cauda dos peixes, localizados no último segmento abdominal, podendo formar junto com o télson o leque caudal.


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