quais os períodos da revolução francesa
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Antecedentes da Revolução Francesa
Os motivos que levaram a população francesa a realizar uma revolução estavam ligados principalmente à estrutura feudal que ainda vigorava no país. O privilégio detido pela aristocracia e pelo clero obrigava camponeses a pagarem altos tributos. Além disso, problemas climáticos nos anos que antecederam a revolução causaram más colheitas, preços altos e fome entre grande parte do povo. As pessoas das cidades também estavam insatisfeitas, e novos grupos sociais surgiam com novos interesses, principalmente a burguesia.
Para tentar aplacar as insatisfações, o rei Luís XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais, em 1788. Formavam os estados gerais três ordens: o clero, a nobreza e o povo. Porém, durante a Assembleia, não houve acordo entre as ordens. O rei dissolveu a assembleia. O povo rebelou-se contra o rei, invadindo a Bastilha, e apresentou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os camponeses passaram a ocupar as terras dos senhores e a persegui-los, no que ficou conhecido como o “Grande Medo”. Tinha início a Revolução Francesa.
Fase da Monarquia Constitucional (1789-1792)
Além do Grande Medo e da Declaração dos Direitos dos Homens, caracterizaram essa fase a perda dos direitos que a aristocracia detinha desde o período feudal e a formação de uma monarquia constitucional, após a elaboração da primeira Constituição.
Essas medidas geraram uma pressão por parte de outros países monárquicos que se sentiram receosos de que o processo revolucionário afetasse os ânimos de suas populações. Áustria e Prússia entraram em guerra com a França, em 1791. Em agosto desse mesmo ano, a Assembleia Legislativa, após pressão popular, destituiu Luís XVI de seu reinado. Foi proclamada a República e uma organização criada em Paris, chamada de Comuna Insurrecional, passou a administrar o país.
Com o afastamento das tropas austríacas e prussianas, Paris afastou-se do perigo de ser tomada. Em setembro de 1791, foi criada a Convenção e dissolvida a Assembleia Legislativa.
Convenção Republicana e o Período do Terror (1792-1794)
A Convenção Republicana tinha o interesse de elaborar uma nova Constituição, garantindo uma maior participação popular na administração do Estado, além de impedir o retorno de uma monarquia absoluta. Nesse período houve o aparecimento de divergências políticas internas, o que resultou na divisão entre girondinos, jacobinos e a planície. Com a consolidação da República, foi inaugurado um novo calendário, tendo o ano de 1792 como o ano I.
A radicalização das propostas das classes mais baixas na hierarquia social levou à execução do rei Luís XVI e sua família na guilhotina. O fato dos girondinos terem se oposto às execuções resultou também na perda de suas cabeças na guilhotina. Tinha início o período do Terror.
Através do período do Terror, subiram ao poder os jacobinos liderados por Robespierre. A nova Constituição entrou em vigor, garantindo o voto a todos os homens maiores de 21 anos. Foi sufocada a contrarrevolução interna e leis sociais foram promulgadas, entre elas, o fim da escravidão nas colônias e o preço máximo dos alimentos. No entanto, essas medidas e a centralização do poder por Robespierre, bem como o ordenamento de condenações tanto a inimigos quanto a aliados, deixaram-no isolado, sem base para manter o poder. Em julho de 1794, Robespierre foi guilhotinado, e os jacobinos perderam o poder de Estado.
Diretório (1794-1799)
A queda dos jacobinos representou a subida ao poder da alta burguesia. O Diretório era composto por cinco membros, e existiam ainda duas assembleias: a dos Anciãos e a dos Quinhentos. Essa fase representou o fortalecimento da burguesia e a volta de alguns privilégios, como o voto censitário e o fim das leis sociais do período anterior.
Houve ainda tentativas de insurreições, como a de Graco Babeuf, líder da Conspiração dos Iguais, que pretendia destituir o Diretório e aprofundar as reformas sociais da Revolução Francesa. Babeuf foi guilhotinado, ilustrando o domínio da burguesia no poder do Estado. As disputas internas e as guerras externas criaram as condições para o fortalecimento do exército e de um dos seus principais generais, Napoleão Bonaparte. Com a criação do Consulado em 1799, tinha início a época Napoleônica.