Quais foram os principais pensadores responsáveis por expandir o teísmo no século XX?
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Resposta:
O teísmo tem uma certa relação com o deísmo, de modo que por algum tempo na história da filosofia teísmo e deísmo representaram a mesma coisa, até que sua distinção foi devidamente feita pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724 – 1804), em sua obra Crítica da Razão Pura. Enquanto no deísmo se acredita que Deus, após ter criado o mundo e suas leis, afastou-se do mundo, tornando-se, portanto, transcendente a ele, o teísmo acredita na existência de Deus ou de deuses como seres pessoais. Acredita também que Deus é perfeito e que é, portanto, onisciente (conhecedor de todas as coisas), onipotente (que está presente em todos os lugares) e perfeitamente bom, sendo, portanto, um criador amoroso que se comunica com os seres humanos e manifesta-se a eles através de seu cuidado. É diferente, também, do panteísmo, pois afirma que Deus existe independentemente da existência do mundo. O teísmo é um elemento central das religiões monoteístas como o islamismo, o cristianismo e o judaísmo e os defensores desse pensamento utilizam-se de vários argumentos para provar a existência de Deus, mas não sem enfrentar diversas críticas às suas principais ideias.
Em sua distinção entre o deísmo e o teísmo, Kant afirma que enquanto o primeiro admite apenas uma teologia transcendental, o segundo afirma também uma teologia natural. Ou seja, enquanto os deístas admitem a existência de um Deus mas negam que se possa atribuir, através da razão, qualquer outra determinação a ele além de que ele seja real, os teístas reconhecem que a razão é capaz de determinar as características particulares da divindade através de uma analogia com a natureza. Para os teístas, portanto, pode-se conhecer a Deus e a seus atributos através do pensamento. De acordo com Kant, os teístas afirmam que Deus é o criador do mundo, enquanto os deístas o afirmam apenas como causa do mundo.