Quais foram os motivos principais que levaram o Japão a se render na Segunda Guerra
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As explosões das bombas atômicas, em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, forçaram o governo japonês a admitir a derrota na Segunda Guerra Mundial. O Japão se rendeu formalmente em 2 de setembro de 1945. O sul de Sakhalin e as ilhas Kuril voltaram ao controle da URSS e Formosa e Manchúria da China.
Após anos em guerra com os Estados Unidos, o Japão oficialmente se rendeu em 14 de agosto de 1945 após os Estados Unidos lançarem bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. A rendição japonesa colocou fim à Segunda Guerra Mundial após seis anos de conflito em todo o planeta.
Antecedentes
O confronto entre Estados Unidos e Japão começou quando o Japão realizou o ataque surpresa à base naval americana de Pearl Harbor, localizada no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. O ataque deu início a um breve período de expansão territorial japonesa por regiões do sudeste asiático. Entre dezembro de 1941 e junho de 1942, o Japão havia conquistado Malásia, Birmânia, Cingapura, Índias Ocidentais Holandesas (atual Indonésia), Filipinas etc.
Esse primeiro momento deixou evidente a despreparação dos exércitos Aliados na Ásia e em posições no Oceano Pacífico. Importante lembrar que, em meados de 1942, os Aliados eram formados por Estados Unidos, União Soviética e Reino Unido (que contava com o apoio de suas tropas imperiais). O cenário asiático da guerra também contou com a participação de tropas australianas e neozelandesas.
As rápidas vitórias alcançadas no sudeste asiático e o controle de partes importantes da China deram o combustível que inflou o nacionalismo japonês e a crença na vitória. Entretanto, parte da cúpula japonesa sabia que uma guerra a longo prazo contra os Estados Unidos seria desastrosa, pois a capacidade econômica e industrial do Japão era muito inferior à norte-americana.
A derrota japonesa foi algo construído ao longo de anos de guerra e foi iniciada em 1942, durante a Batalha de Midway. Essa batalha realizada entre a Marinha Imperial japonesa e a Marinha americana foi considerada pelos americanos um dos principais momentos da guerra na Ásia. As ilhas Midway são pequenas ilhas localizadas a cerca de 4 mil quilômetros do Japão. Sua conquista era importante porque permitiria ao Japão interromper as rotas de suprimentos dos Aliados na Austrália.
O que o Japão não esperava era que a inteligência norte-americana soubesse do ataque japonês a Midway. Isso fez com o que o resultado de Midway fosse desastroso ao Japão, pois quatro de seus porta-aviões foram afundados: Kaga, Soryu, Akagi e Hiryu. As perdas da Marinha japonesa nessa batalha foram tão grandes que a indústria japonesa nunca conseguiu suprir as carências a partir desse momento.
A guerra para o Japão após a derrota em Midway
O que aconteceu em Midway foi essencial para o resultado da guerra porque marcou o ponto da virada americana. Em 1943 e 1944, o Japão acumulou derrotas em diferentes partes da Ásia. No entanto, cada derrota japonesa era conquistada a um preço altíssimo pelos Estados Unidos. A resistência dos japoneses era obstinada e, em geral, eles lutavam até o último homem em suas posições defensivas.
Em 1944, a situação japonesa era extremamente delicada, pois, além das derrotas nas batalhas travadas, a inferioridade marítima afetou o abastecimento do Japão. Por ser uma ilha de poucos recursos, todo o abastecimento japonês na guerra contra os Estados Unidos vinha do que os territórios ocupados (China e sudeste asiático) produziam. Toda essa produção era enviada ao Japão por mar. Como os Estados Unidos impuseram grande domínio marítimo, o abastecimento japonês foi gravemente afetado na medida em que mais navios eram afundados, conforme o relato de Max Hastings sobre a atuação dos submarinos americanos na guerra