Quais foram as contribuições judaicas para o Rio Grande do Sul?
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Soluções para a tarefa
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A contribuição dos judeus para a humanidade é patente desde Abraão – o primeiro hebreu que há mais de quatro mil anos emigrou para Canaã e fundamentou o conceito do Deus Único e a prática da caridade e da justiça.
espero ter ajudado
Resposta:
História da comunidade judaica do Rio Grande do Sul
A primeira imigração organizada e as primeiras comunidades judaicas no século 20, no Brasil, formaram-se no Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Jewish Colonization Association (JCA, entidade judaica que promovia a imigração agrícola), em acordos com o governo do Estado. Imigrantes judeus da Europa Oriental se estabeleceram em colônias agrícolas, a exemplo das colônias instaladas na Argentina a partir de 1893.
A primeira colônia gaúcha foi em Philippson, região de Santa Maria, em 1904, com 37 famílias originárias da Bessarábia. Em 1906, foi criada ali a primeira escola judaica no Brasil na qual se ensinou o currículo oficial brasileiro. Em 1908, a colônia tinha 299 habitantes. Em 1912, foi estabelecida a colônia Quatro Irmãos, que chegou a contar com mais de 350 famílias divididas em quatro núcleos: Quatro Irmãos, Baroneza Clara, Barão Hirsch e Rio Padre. Em cada um dos núcleos, funcionou uma escola que ensinava o currículo oficial e o judaico. Em 1915, a população em Quatro Irmãos atingiu 1.600 pessoas.
Na década de 1920, a maioria dos colonos da JCA já havia se mudado para Porto Alegre e também criado pequenas comunidades no interior do Estado: Santa Maria (1915), Pelotas (União Israelita Pelotense, 1920), Rio Grande (Sociedade Israelita Brasileira, 1920), Passo Fundo (União Israelita Passo-Fundense, 1922), Erechim (Sociedade Cultural e Beneficente Israelita, 1934) e também Erebango, Cruz Alta e Uruguaiana.
Em Porto Alegre, a comunidade se estabeleceu a partir dos anos 1910, quando imigrantes da Europa Oriental fundaram a União Israelita. Em 1915, o primeiro jornal judaico do Brasil, Di Menshhayt, em iídiche, foi publicado. O Centro Israelita Porto-Alegrense foi fundado em 1917. Em 1922, imigrantes sefaradim criaram o Centro Hebraico Rio-Grandense.
A comunidade judaica de Porto Alegre foi bem-sucedida e plenamente inserida na vida da cidade. Entre as instituições fundadas, podem-se citar: Associação Israelita Damas de Caridade (1922), Cooperativa de Crédito Popular (1922), Colégio Israelita Brasileiro (1922), Grêmio Esportivo Israelita (1929), Círculo Social Israelita (1930), Sociedade Beneficente das Damas Israelitas Sefaradis (1931), Sociedade Beneficente de Socorros Mútuos Linath Hatzedek (1932), Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência – Sibra (1936), fundada por judeus alemães chegados nos anos 1930, e os movimentos juvenis Iavne, Habonim Dror, Betar, Shomer Hatzair e Chazit haNoar. Em 1941, a comunidade mantinha um programa de rádio.
Após a Segunda Guerra Mundial, novas instituições foram criadas: Organização Sionista (1945), Wizo (1947), Naamat Pioneiras (1948), Clube Campestre (1958), Federação Israelita do Rio Grande do Sul (1961) e um clube esportivo (em 1966). Após 1956, chegaram imigrantes do Egito, Hungria e Israel. Em 1992, havia cerca de 3.300 famílias vivendo em Porto Alegre, abrangendo cerca de 9 mil pessoas, e 310 em pequenas cidades no Estado.
O Instituto Cultural Judaico March Chagall, estabelecido em 1985, é muito ativo e uma importante referência cultural na cidade, mantendo um Departamento de Memória com publicações, biblioteca e um bem organizado arquivo da imigração no Estado.
Em 1989, com relativa repercussão, teve início em Porto Alegre o Movimento Popular Anti-Racismo – Mopar, aliança entre integrantes do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e ativistas judeus, que combateram a difusão do racismo e do antissemitismo. Em 2004, S.E.Castan, o proprietário-editor da editora Revisão, foi condenado por crime de racismo e antissemitismo pelo STF. Foi a primeira condenação oficial que incluiu antissemitismo pela mais alta corte de Justiça do país, estabelecendo uma importante jurisprudência.
O texto acima é do historiador Roney Cytrynowicz.
Bibliografia básica:
Brumer, Anita. Identidade em mudança. Pesquisa sociológica sobre os judeus do Rio Grande do Sul (1994).
Gutfreind, Ieda. A imigração judaica no Rio Grande do Sul. Da memória para a história (2004).
Lesser, Jeffrey H. Pawns of the Powerfull. Jewish Immigration to Brazil 1904-1945 (1989).
Lesser, Jeffrey H. Jewish Colonization in Rio Grande do Sul, 1904-1925 (1991).
Halpern, Josef S. Contribuição para a história da imprensa judaica no Rio Grande do Sul (1999).
Milman, Luis (org.). Ensaios Sobre o Anti-Semitismo Contemporâneo. Dos mitos e da crítica aos tribunais, 2004.
Nicolaiewsky, Eva. Israelitas no Rio Grande do Sul (1984).
Wainberg, Jacques A. (org.). 100 Anos de Amor. A imigração judaica no Rio Grande do Sul (2004).
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Explicação:
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