Quais fatores favorecem a urbanização do nordeste?
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O processo de Urbanização no Nordeste caracterizou-se, principalmente, por ter se manifestado de forma e período distintos das demais regiões brasileiras, iniciando-se no período colonial e conhecendo um relativo declínio justamente quando o restante do país intensificou o processo de metropolização.
Para compreendermos melhor como ocorreu – e ainda ocorre – a urbanização nordestina, primeiramente é necessário compreender o que é, propriamente, a expressão urbanização. Essa expressão designa o crescimento das cidades em relação ao crescimento do campo, ou seja, só há urbanização quando o crescimento da população e do espaço das cidades é superior ao crescimento da população e do espaço do meio rural.
Além do mais, é preciso considerar a heterogeneidade do espaço dessa região, que só é concebida em um conjunto a partir das divisões regionais brasileiras ocorridas ao longo do século XX. Antes disso, o Nordeste era entendido como uma área com diversas regiões e atividades, possuindo um litoral, por exemplo, economicamente mais dinâmico e um Agreste e Sertão em fase de evolução.
Como já frisamos, a região Nordeste foi a primeira a se urbanizar no Brasil, em virtude do fato de ela abrigar as primeiras localidades colonizadas e onde se instalaram as principais atividades econômicas brasileiras. Estabeleceu-se, primeiramente, a cultura da cana-de-açúcar, consolidando a formação do chamado “Nordeste Açucareiro”, que contrastava em relação às demais atividades regionais. Esse contexto favoreceu o crescimento de cidades como Salvador e Recife, que eram, respectivamente, os centros político e econômico do Nordeste Açucareiro.
A partir do século XVIII, houve um declínio dessa atividade em função da competição da produção de açúcar no Caribe, o que se intensificou com o crescimento econômico da produção de café na região Sudeste. Em oposição, no século XIX, as faixas do Agreste e do Sertão intensificaram a produção de algodão e as atividades pecuaristas, formando o “Nordeste algodoeiro-pecuarista”, o que propiciou o crescimento de algumas cidades nessa região.
Ao longo do século XX, estabeleceu-se a formação do chamado “Nordeste cacaueiro”, consolidando o crescimento regional que, em particular, favoreceu o desenvolvimento de cidades baianas, com destaque para Itabuna e Ilhéus.
Porém, em linhas gerais, a região Nordeste conheceu um intenso declínio econômico e, consequentemente, urbano ao longo dos séculos XIX e XX. Por outro lado, regiões como o Sudeste cresceram cada vez mais e urbanizaram-se. Desse modo, justamente quando as taxas de emigrações no Nordeste acentuavam-se, as regiões urbanas nas demais localidades proliferavam-se. Apesar disso, algumas metrópoles, como Recife e Fortalezam, formavam-se em função das migrações internas, em que povos do Sertão partiam em direção às faixas litorâneas economicamente mais desenvolvidas.
Assim, atualmente, ao contrário do que ocorre nas demais regiões, principalmente no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul, que apresentam uma acentuada queda em suas taxas de crescimento urbano, o Nordeste passa a se urbanizar cada vez mais, elevando o crescimento de suas regiões metropolitanas. Isso ocorre, principalmente, em função do atual estágio de desconcentração industrial em curso no Brasil.
Dados do IBGE apontam que, na década de 1960, a população rural do Nordeste somava quase o dobro da população urbana: mais de 14 mil contra pouco mais de 7 mil habitantes, respectivamente. Na década de 1980, a população das cidades finalmente superou a população do campo.
Segundo o Censo Demográfico de 2010, a população urbana nordestina é de 38.821.246 pessoas, enquanto, no meio rural, o número é de 14.260.704 habitantes. Tais números servem, afinal, para desmitificar a ideia de que o Nordeste é essencialmente rural. É claro que, não diferente do que ocorre no restante do país, essa urbanização é extremamente concentrada, principalmente nas cidades do litoral, com destaque para algumas exceções, como a cidade de Imperatriz, no Maranhão.
Para compreendermos melhor como ocorreu – e ainda ocorre – a urbanização nordestina, primeiramente é necessário compreender o que é, propriamente, a expressão urbanização. Essa expressão designa o crescimento das cidades em relação ao crescimento do campo, ou seja, só há urbanização quando o crescimento da população e do espaço das cidades é superior ao crescimento da população e do espaço do meio rural.
Além do mais, é preciso considerar a heterogeneidade do espaço dessa região, que só é concebida em um conjunto a partir das divisões regionais brasileiras ocorridas ao longo do século XX. Antes disso, o Nordeste era entendido como uma área com diversas regiões e atividades, possuindo um litoral, por exemplo, economicamente mais dinâmico e um Agreste e Sertão em fase de evolução.
Como já frisamos, a região Nordeste foi a primeira a se urbanizar no Brasil, em virtude do fato de ela abrigar as primeiras localidades colonizadas e onde se instalaram as principais atividades econômicas brasileiras. Estabeleceu-se, primeiramente, a cultura da cana-de-açúcar, consolidando a formação do chamado “Nordeste Açucareiro”, que contrastava em relação às demais atividades regionais. Esse contexto favoreceu o crescimento de cidades como Salvador e Recife, que eram, respectivamente, os centros político e econômico do Nordeste Açucareiro.
A partir do século XVIII, houve um declínio dessa atividade em função da competição da produção de açúcar no Caribe, o que se intensificou com o crescimento econômico da produção de café na região Sudeste. Em oposição, no século XIX, as faixas do Agreste e do Sertão intensificaram a produção de algodão e as atividades pecuaristas, formando o “Nordeste algodoeiro-pecuarista”, o que propiciou o crescimento de algumas cidades nessa região.
Ao longo do século XX, estabeleceu-se a formação do chamado “Nordeste cacaueiro”, consolidando o crescimento regional que, em particular, favoreceu o desenvolvimento de cidades baianas, com destaque para Itabuna e Ilhéus.
Porém, em linhas gerais, a região Nordeste conheceu um intenso declínio econômico e, consequentemente, urbano ao longo dos séculos XIX e XX. Por outro lado, regiões como o Sudeste cresceram cada vez mais e urbanizaram-se. Desse modo, justamente quando as taxas de emigrações no Nordeste acentuavam-se, as regiões urbanas nas demais localidades proliferavam-se. Apesar disso, algumas metrópoles, como Recife e Fortalezam, formavam-se em função das migrações internas, em que povos do Sertão partiam em direção às faixas litorâneas economicamente mais desenvolvidas.
Assim, atualmente, ao contrário do que ocorre nas demais regiões, principalmente no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul, que apresentam uma acentuada queda em suas taxas de crescimento urbano, o Nordeste passa a se urbanizar cada vez mais, elevando o crescimento de suas regiões metropolitanas. Isso ocorre, principalmente, em função do atual estágio de desconcentração industrial em curso no Brasil.
Dados do IBGE apontam que, na década de 1960, a população rural do Nordeste somava quase o dobro da população urbana: mais de 14 mil contra pouco mais de 7 mil habitantes, respectivamente. Na década de 1980, a população das cidades finalmente superou a população do campo.
Segundo o Censo Demográfico de 2010, a população urbana nordestina é de 38.821.246 pessoas, enquanto, no meio rural, o número é de 14.260.704 habitantes. Tais números servem, afinal, para desmitificar a ideia de que o Nordeste é essencialmente rural. É claro que, não diferente do que ocorre no restante do país, essa urbanização é extremamente concentrada, principalmente nas cidades do litoral, com destaque para algumas exceções, como a cidade de Imperatriz, no Maranhão.
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