Quais conflitos ocorreram no Brasil no período da república da espada
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República da Espada
A República da Espada foi o período no qual o Brasil foi governado pelos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto entre os anos de 1889a 1894. Trata-se de uma época caracterizada como uma ditadura militar.[1] Durante este período foram comuns os levantes populares e a repressão a focos de resistência simpáticos ao Imperador Dom Pedro II e à restauração da monarquia.
O Império do Brasil não mais representava os interesses dos grandes cafeicultores do oeste paulista e, ao abolir a escravidão, deixou de ter o apoio dos velhos fazendeiros escravocratas. O café era, de longe, o principal produto de exportação, além de apresentar-se como o maior empregador e dinamizador da economia interna. Por isso, os interesses dos cafeicultores estavam sempre em primeiro plano, durante o período da República Velha.
Uma junta militar encabeçada por Deodoro da Fonseca governou o Brasil entre 1889 e 1891, período de intervenção em nome de Dom Pedro II, que encontrava-se em Paris, França, quando das eleições indiretas o elegeram presidente, título que o interventor recebia no Império, com Floriano como vice. Entretanto, Deodoro renunciou no mesmo ano, devido a sua incapacidade como político, com problemas de saúde que o afligiam havia anos desde a Guerra do Paraguai, e com aumento dos graves problemas políticos e econômicos, como atritos com a oligarquia cafeeira, que queria o Poder em uma República, greves devido à inflação crescente, o estouro da bolha do encilhamento e a Primeira Revolta da Armada, liderada por membros da marinha que, com forte influência monarquista não se conformavam com os poderes ditatoriais do exército. Ao suceder Deodoro, Floriano Peixoto tentou reverter os efeitos da crise econômica sem sucesso, ao mesmo tempo que reprimiu com mão de ferro os movimentos que contestavam o regime militar, notadamente

República da Espada
A República da Espada foi o período no qual o Brasil foi governado pelos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto entre os anos de 1889a 1894. Trata-se de uma época caracterizada como uma ditadura militar.[1] Durante este período foram comuns os levantes populares e a repressão a focos de resistência simpáticos ao Imperador Dom Pedro II e à restauração da monarquia.
O Império do Brasil não mais representava os interesses dos grandes cafeicultores do oeste paulista e, ao abolir a escravidão, deixou de ter o apoio dos velhos fazendeiros escravocratas. O café era, de longe, o principal produto de exportação, além de apresentar-se como o maior empregador e dinamizador da economia interna. Por isso, os interesses dos cafeicultores estavam sempre em primeiro plano, durante o período da República Velha.
Uma junta militar encabeçada por Deodoro da Fonseca governou o Brasil entre 1889 e 1891, período de intervenção em nome de Dom Pedro II, que encontrava-se em Paris, França, quando das eleições indiretas o elegeram presidente, título que o interventor recebia no Império, com Floriano como vice. Entretanto, Deodoro renunciou no mesmo ano, devido a sua incapacidade como político, com problemas de saúde que o afligiam havia anos desde a Guerra do Paraguai, e com aumento dos graves problemas políticos e econômicos, como atritos com a oligarquia cafeeira, que queria o Poder em uma República, greves devido à inflação crescente, o estouro da bolha do encilhamento e a Primeira Revolta da Armada, liderada por membros da marinha que, com forte influência monarquista não se conformavam com os poderes ditatoriais do exército. Ao suceder Deodoro, Floriano Peixoto tentou reverter os efeitos da crise econômica sem sucesso, ao mesmo tempo que reprimiu com mão de ferro os movimentos que contestavam o regime militar, notadamente
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República da EspadaPor Valquiria Velasco
Graduada em História (UVA-RJ, 2014)
Ouça este conteúdo0:0003:31AudimaA República brasileira proclamada em novembro de 1889 nasce de um golpe militar realizado de maneira pacífica pela não resistência do Imperador D. Pedro II que sai sem grandes problemas e se exila na Europa.Marechal Deodoro da Fonseca é quem ocupa a presidência da República em um governo provisório. Deodoro era declaradamente monarquista, amigo de D. Pedro II, mas por acreditar que haveria uma retaliação do Império contra a movimentação insurgente do exército contra o Gabinete do Visconde de Ouro Preto, resolve apoiar a causa. Ao ser chamado frente as tropas insurgentes, Marechal Deodoro não deixa de declarar seu apoio ao Imperador e grita “"Viva Sua Majestade, o Imperador!", esse momento será lembrado posteriormente como o momento da Proclamação da República.Proclamação da República, pintura de Benedito Calixto, 1893.O primeiro momento da República brasileira é marcada pelo autoritarismo militar, visto que são esses que ficam responsáveis por manter a ordem e garantir a estabilidade para o novo sistema que vislumbram para o Brasil. Através do princípio Liberal havia chances de que a partir desse momento um novo pacto social se estabelecesse no Brasil, com participação ampla das camadas populares, mas isso não ocorre.O que acontece é a conservação e até o aumento da exclusão social mediante ações influenciadas pelo pensamento positivista onde militares acreditavam que com autoritarismo poderiam manter a ordem e levar o Brasil ao progresso, ideais do Positivismo.Três mandatos marcam a República da Espada: o primeiro, Governo Provisório de Deodoro da Fonseca que faz a transição e sai garantindo a primeira eleição de forma indireta, apesar do dispositivo da Constituição de 1891 prever eleições diretas. Eleito sem participação popular pelo Congresso Nacional Deodoro da Fonseca assume então com vice Marechal Floriano Peixoto.Deodoro, no entanto, pretende manter o controle da República e fecha o Congresso, a fim de garantir seus poderes frente à “Lei de Responsabilidade”, anteriormente aprovada pelo congresso devido à crise econômica. Dá inicio então a um governo ditatorial que é precipitado pela ameaça de bombardeio da Cidade do Rio de Janeiro feito pelos líderes da Revolta da Armada (conflito fomentado pela Marinha Brasileira).Frente a Revolta da Armada Deodoro renuncia em favor de seu, Floriano Peixoto, que mantém um regime linha dura contra opositores. Realiza uma verdadeira campanha de combate aos revoltosos da Segunda Revolta da Armada, assim como aos revoltosos Federalistas no Rio Grande do Sul, recebe a alcunha de “Marechal de Ferro” devido essas ações.Floriano Peixoto, o segundo presidente do Brasil (1891).No entanto, a República da Espada chegava ao fim após realizar uma transição necessária aos interesses das elites, pacificaram e garantiram a ordem para que assumissem o comando aqueles que viriam a se estabelecer, não apenas como elite econômica, mas também como lideranças políticas no cenário republicano. Os militares deixam a política ainda com sentimento de guardiões da República (serão chamados ao ofício da garantia da Ordem diversas vezes no decorrer da história republicana brasileira). Mas o sistema Liberal proposto em teoria pelas elites vitoriosas seguiria, e a partir de 1894 a República deixaria de ser um aparato ideológico para tornar-se instrumento de poder nas mãos das Oligarquias.Perguntas interessantes
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