Quais as principais atividades econômicas responsáveis por desmatamento?
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Resposta:
Agricultura, pecuária, industrialização, mineração etc.
Resposta:
Na Amazônia brasileira tem como principais causas diretas a pecuária, a agricultura de larga escala e a agricultura de corte e queima. Dessas causas, a expansão da pecuária bovina é a mais importante.
Explicação:
O Brasil é um dos países mais biodiversos do mundo, formado por um amplo conjunto de ecossistemas, que abrigam verdadeiras “maravilhas naturais”. Esses biomas têm em comum as crescentes ameaças que provocam sua degradação, colocam em risco a sobrevivência das espécies e aceleram o processo de mudanças ambientais.
Os mais de 8 milhões de quilômetros quadrados de área do País abrigam os biomas Amazônia (49,29%), Cerrado (23,92%), Mata Atlântica (13,04%), Caatinga (9,92%), Pampa (2,07%) e Pantanal (1,76%). Mas você sabe quais são os principais riscos a ameaçarem os biomas brasileiros?
A seguir, apresenta-se uma lista dos problemas mais recorrentes enfrentados pelos biomas brasileiros e as possíveis soluções para torná-los mais sustentáveis.
Desmatamento: O desmatamento é uma das ameaças que atinge praticamente todos os biomas brasileiros, geralmente para atender a diferentes objetivos ligados à expansão econômica. Dentre suas graves consequências, estão: perda da biodiversidade, aumento do risco de extinção de animais silvestres e redução dos serviços ecológicos prestados pela floresta, como a manutenção do clima e do ciclo hidrológico.
Segundo Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado em 2016, o Brasil registrou, no período de 1990 a 2015, uma redução de quase 55 mil hectares no tamanho de suas florestas.
O bioma mais ameaçado pelo desmatamento é a Amazônia. Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa de desmatamento na Amazônia Legal, por corte raso, para o período de agosto de 2016 a julho de 2017 foi de 6.624 km2/ano.
Em relação à taxa do período anterior (2015-2016), quando foram mensurados 7.893 km2 de desmatamento, em 2017, houve uma redução relativa de 12% na taxa de desmatamento anual na Amazônia.
A série histórica de registros do Prodes indica uma taxa média anual do desmatamento na Amazônia em torno de 6.307 Km2, tendo sido reduzida significativamente em relação ao pico de 27.772 km2, observado em 2004. Apesar da diminuição, a taxa de desmatamento ainda é considerada alarmante, pois no período de 1988-2010, a taxa acumulada de supressão da floresta da Amazônia correspondeu a cerca de 18%.
É importante destacar que o problema do desmatamento na Amazônia é bem mais grave e complexo, embora os números do Prodes demonstrem redução na taxa de devastação da floresta. Vale lembrar que o monitoramento realizado pelo Inpe refere-se apenas ao "corte raso", ou seja, quando há a remoção completa da floresta. No entanto, estão em curso outros processos de destruição da floresta amazônica.
O desmatamento da maior floresta tropical úmida do mundo ocorre por vários motivos, tais como: aumento das áreas para exploração agropecuária, extração ilegal de madeira e garimpos.
Assim, quando se considera a combinação do "corte raso" com outras formas de degradação, incluindo os incêndios florestais para abrir fronteira para a agropecuária, o problema torna-se bem mais grave e em processo mais acelerado do que os dados do Prodes costumam demonstrar.
Agropecuária: A expansão da agropecuária tem sido o motor central da devastação dos ecossistemas dos biomas brasileiros. O desmatamento cresce à medida que aumentam as demandas por produtos agrícolas e pecuários, sendo necessário converter vegetação natural em áreas de lavouras e pastagens.
Entre 1985 e 2006, a área de lavouras e pastagens cultivadas no Brasil passou de 126 milhões de hectares para 161 milhões (IBGE, 2011). Desse incremento de 35 milhões de hectares, 30,3 milhões ocorreram nos nove estados da Amazônia Legal, enquanto, no restante do País, a área agrícola cresceu apenas 4,3 milhões de hectares (IBGE, 2011).
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), até 2030, o Brasil será responsável pela maior expansão nacional de produção agrícola. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) projeta um crescimento na produção das lavouras equivalente a uma área de 9,6 milhões de hectares, em 10 anos. As projeções apontam que a produção de carne crescerá 8,4 milhões de toneladas, um aumento de 37,8% em relação à produção de 2009.
BOA SORTE