Quais as consequências políticas e sociais causadas pela partilha da Palestina?
Soluções para a tarefa
Embora as estratégias dos movimentos de resistência nacionais geralmente sejam diferentes em função do seu contexto e objetivos, a resistência ao colonialismo sempre enfrenta graves violações dos direitos humanos nas formas de limpeza étnica, “guetização” de povos nativos, roubos de terra ou violência estrutural, política e militar da população.
Importante notar que, embora o líder sionista Ben-Gurion tenha aceitado a partilha, nunca concebeu as fronteiras estabelecidas para os dois Estados como permanentes. A diferença entre ele e os revisionistas não era entre minimalistas e maximalistas territoriais, mas que ele perseguia uma estratégia gradualista, aquela adotada pelo Estado de Israel que resultou na ocupação dos territórios de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém oriental em 1967.
No fundo, os verdadeiros sionistas pensam logicamente que, se os territórios ocupados em 1967 devem ser devolvidos, isso abriria precedente para reivindicar a terra tomada da mesma forma em 1948. Se a reivindicação judaica exclusiva de qualquer parte da Palestina pode ser contestada, então a reivindicação de qualquer outra parte não se tonaria segura, pensam eles. Assim, soa patético ouvir o bom mocismo do “sionismo de esquerda” que prega o diálogo como instrumento para a desocupação dos territórios anexados em 1967 e a consequente resolução dos dois Estados
Por isso, o simbolismo da data da partilha é essencial para compreender o processo colonial que se seguiu na Palestina, mas é também uma data importante para reivindicar a construção de um Estado que contemple igualdade, justiça e autodeterminação para todos os povos da região.