Quais as características de uma pessoa que luta para o desenvolvimento da Cultura da Paz?
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Resposta:
Explicação:
A implantação de ações sócio-educativas deve envolver mulheres e homens de todos os níveis da sociedade numa larga e cruzada rede de atividades, que permitam colocar em prática os pressupostos teóricos e os princípios metodológicos que regem a Cultura de Paz.
As bases que alicerçam as ações sócio-educativas estão voltadas a:
– Identificar formas de violência. - Adquirir hábitos de discussão e posicionamento crítico em relação às realidades sociais passadas e atuais. - Desenvolver o espírito de tolerância e a capacidade de diálogo. - Construir um quadro de valores humanistas em que a solidariedade surja como suporte lógico de todos os comportamentos individuais e coletivos.
– Desenvolver atitudes de solidariedade em relação ao "outro": indivíduo, povo, cultura. - Adquirir hábitos de discussão e posicionamento crítico face a outros povos. - Identificar situações de violação dos direitos humanos.
– Identificar as "justificativas" para atentados à liberdade individual e refletir sobre as mesmas.
– Contribuir para a conscientização do papel de cada um e de todos no combate às diferentes formas de discriminação. - Identificar meios e profissionais da comunicação social que servem à defesa dos direitos dos cidadãos.
– Identificar indicadores de violência – Relacionar o saber científico com as vivências sociais
– Promover hábitos de pesquisa
– Clarificar conceitos
A Educação para a Paz está - tem de estar - presente em todas as palavras, todas as atitudes, todos os momentos de todos os dias.
Como podem as idéias e os ideais ligados pela expressão "Cultura de Paz" serem transformados em políticas e ações, públicas e privadas, que mudem as vidas, onde quer que elas sejam ou estejam?
Esta pergunta, que nos inquieta a todos, pode ser respondida com sugestões a serem exercidas na prática educativa, que têm como principal argumento as informações advindas do cotidiano. Tais ações, tipicamente sócio-educativas, estão pautadas na singularidade do desenvolvimento humano sustentado pela interação sujeito-mundo, a qual nos permite compreender a proposta pedagógica de Paulo Freire, por um lado, e as concepções psicológicas de Vigotski, por outro, proporcionando uma interpenetração pertinente à visão transdisciplinar.
A ação educativa de alfabetizar como compreensão "da palavra e do mundo" (o texto e o contexto), por exemplo, se converte em praxis transformadora, porque, ao tomar conhecimento daquilo que o rodeia, o homem passa da esfera mecânica e passiva de apreensão da realidade para a dimensão crítica e participativa, na qual a consciência aflora como fruto do processo de ação-reflexão.
A definição de Desenvolvimento Humano sugerida por Vigotski, sustentada pela interação das instâncias psicológicas, antropológicas e orgânicas, permite vislumbrar o sujeito em sua complexidade. Ademais, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, definido também por ele, admite como ponto de partida, acreditar que somos dotados de potencialidades que, ao serem estimuladas, favorecem o aparecimento de manifestações imprevisíveis, inesperadas, alimento de nossa criatividade.
A ação sócio-educativa baseada na interlocução Freire-Vigotski, advém do diálogo acerca dos problemas das pessoas, favorecendo a que elas expressem o mundo em que vivem a partir do seu modo de concebê-lo. E, nesta interação, tomar consciência do que é vivido pelo próprio grupo e a realidade concreta do dia-a-dia que o cerca. Assim, a ação sócio-educativa se efetiva através de dois princípios: o da realidade objetiva e o do interesse individual/coletivo. Toda ação educativa pretende alcançar um fim, um objetivo que não permite a neutralidade.
Os principais problemas da educação não são exclusivamente questões pedagógicas, mas também questões politicas