Quais as características da sifilis
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Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução. Ela divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
Bom...
A sífilis pode se manifestar de 4 formas diferentes: primária, secundária, terciária e na forma congênita que ocorre quando uma mulher grávida tem sífilis e não realiza o tratamento, passando a doença para o bebê. Cada forma da sífilis tem suas características:
1. Sífilis primária
A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contágio. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais que acabam desaparecendo após 4 ou 5 semanas, sem deixar cicatrizes.
Nos homens, essas feridas geralmente aparecem em volta do prepúcio, enquanto nas mulheres elas surgem nos pequenos lábios e na parede vaginal. Também é comum o aparecimento dessa ferida no ânus, na boca, na língua, nas mamas e nos dedos das mãos. Neste período, também podem surgir ínguas na virilha ou próximo à região afetada.
2. Sífilis secundária
Após o desaparecimento das lesões do cancro duro, que é um período de inatividade pode durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente em atividade. Desta vez, o comprometimento ocorrerá na pele e nos órgãos internos, já a bactéria se espalhou pelo corpo.
As novas lesões são caracterizadas como manchas rosadas ou pequenos caroços acastanhados que surgem na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo haver algumas vezes também descamação intensa da pele. Outros sintomas que podem surgir são:
Manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés;
Descamação da pele;
Ínguas em todo o corpo, mas principalmente na região genital;
Dor de cabeça;
Dor muscular;
Dor de garganta;
Mal estar;
Febre leve, geralmente abaixo de 38ºC;
Falta de apetite;
Perda de peso.
Essa fase continua durante os dois primeiros anos da doença, e surge em forma de surtos que regridem espontaneamente, mas que passam a ser cada vez mais duradouros.
3. Sífilis terciária
A sífilis terciária aparece em pessoas que não conseguiram combater espontaneamente a doença na sua fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado. Neste estágio, a sífilis é caracterizada por:
Lesões maiores na pele, boca e nariz;
Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos;
Dor de cabeça constante;
Náuseas e vômitos frequentes;
Rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça;
Convulsões;
Perda auditiva;
Vertigem, insônia e AVC;
Reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
Delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar quando há paresia geral.
Esse sintomas costumam surgir depois de 10 a 30 anos da infecção inicial, e quando o indivíduo não é tratado. Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo, deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas da sífilis.
Sintomas de sífilis congênita
A sífilis congênita é quando o bebê é infectado com sífilis ainda durante a gestação, e isso acontece quando a mulher grávida tem sífilis e não faz o tratamento da doença.
A sífilis durante a gravidez pode causar aborto, mal formações ou morte do bebê ao nascer. Em bebês vivos, os sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida até mais de 2 anos após o nascimento, e incluem:
Manchas arredondadas de cor vermelho pálido ou cor de rosa na pele, incluindo a palma das mãos e a sola dos pés;
Irritabilidade fácil;
Perda de apetite e da energia para brincar;
Pneumonia;
Anemia
Problemas nos ossos e nos dentes;
Perda da audição;
Deficiência mental.
O tratamento para sífilis congênita costuma ser feito com o uso de 2 injeções de penicilina por 10 dias ou 2 injeções de penicilina por 14 dias, dependendo da idade da criança.
Sífilis tem cura?
A sífilis tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.
Como diagnosticar a sífilis
Para confirmar que se trata de sífilis o médico deve observar a região íntima da pessoa e investigar se ela teve contato íntimo sem camisinha. Se não houver nenhuma ferida da região genital, nem outras partes do copo o médico pode solicitar um exame chamado VDRL que identifica o Treponema pallidum no organismo. Saiba tudo sobre o o exame VDRL.
Esse exame normalmente é realizado em cada trimestre de gestação em todas as grávidas porque a sífilis é uma doença grave que a mãe pode passar para o bebê, mas que é facilmente curada com antibióticos prescritos pelo médico.