Saúde, perguntado por Drika1q, 10 meses atrás

Quais ações você considera como prioritárias para a integralidade das ações direcionadas a saúde da mulher?
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Soluções para a tarefa

Respondido por rociodyane15
5

Resposta:

éticos, ideológicos e subjetivos dos profissionais,

pois envolvem interpretação, ajuizamento e decisão

pessoal na aplicação do conhecimento científico às

situações concretas e singulares [...]12.

A atenção primária é a “porta de entrada” para a rede de

serviços de saúde e também para uma multiplicidade de

demandas sociais que acabam por se traduzir em demandas de

saúde, estas se encontrando na fronteira entre os “problemas

da vida” e a patologia propriamente definida. Daí a importância

das “tecnologias de conversas”, que facilitam a identificação

das necessidades que podem vir a ser satisfeitas no serviço de

saúde ou em outro espaço institucional13.

Embora as(os) profissionais que participaram do estudo

valorizassem as relações que se dão na vida privada como fator

que interfere nas buscas das mulheres por atenção à saúde,

convive-se no serviço com a contradição entre o que é dito nos

discursos e o que é oferecido concretamente às mulheres pelo

grupo que a atende. Isso porque se referem à relação

profissionais-usuárias apontando o desrespeito como

característica, o que constitui violência institucional. Assim,

nos espaços público e privado, profissionais e parceiros

respectivamente limitam ou interditam a liberdade das

mulheres; são revelados nos depoimentos a seguir os conflitos

da vida privada que expõem as mulheres aos agravos à saúde,

à violência e à opressão:

O marido só aparece na hora de fazer filho [...] ele

não é o mantenedor do lar, ele não faz nada, porque

ela trabalha, a maioria que eu atendo lá são

mulheres que trabalham como doméstica, são

mulheres que trabalham como diarista, e mais, são

mulheres sofridas. Ele ainda vem e toma o

dinheirinho dela, entendeu? (Violeta).

Quando ela fala até de cuidar dela, até pela questão

do marido achar que ela vai se mostrar, que ela

quer mostrar o corpo às vezes ele não quer que ela

seja atendida por homem, não é? [...] E proíbe

muito, proíbe na maioria das vezes essa mulher de

ir ao ginecologista de cuidar dela própria, né?

(Hortência).

A limitação ou interdição da liberdade das mulheres constitui

também violência de gênero. A forma estereotipada de tratar a

mulher segundo atributos de gênero é determinante de uma

inculcação cultural de dependência e subordinação ao homem,

responsabilizando-o pela sua proteção. Isso vai conferindo poder

sobre o corpo feminino, subjugando as mulheres às vontades

dos “homens da casa”, de modo que muitas vão incorporando e

somatizando um esquema de submissão ao poder masculino

(grifos da autora)14.

Nesse contexto, a ação multiprofissional e a articulação

intersetorial tornam-se essenciais na tentativa de atender as

Explicação:

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