Produzir dois parágrafos sobre a falta que está nos fazendo a certeza do “quando”, este importante advérbio de tempo. Ler o trecho escrito por Elisa Lucinda que retrata muito bem a ideia de estarmos sem o “quando”.
“Enquanto isso sinto que a Natureza está gostando. As praias estão desertas. Ouvem-se mil vozes de pássaros em Copacabana. Espécies em extinção voltaram a dar as caras. Os céus estão mais azuis e estrelados em toda parte, de Pequim a Sampa, e o número de desastres automobilísticos nas estradas despencou geral. Golfinhos aparecem nas orlas, brincam. O planeta respira, desocupamos seus poros. Parece que a Terra descansa de nós. Eu sinto, ela está farta de nós, da nossa presença tóxica, predatória, destruindo e pisando afoitos com a bota da pressa querendo fazer o tudo. Seguíamos vorazes, velozes e furiosos, em busca do pseudo próximo novo. De repente, aquele futuro imediato não será mais daqui a pouco. Vai demorar e será outro. Estamos sem quando. Esse importantíssimo advérbio de tempo que nos guiava como uma estrela na noite escura do inédito. Sabemos que a ciência deve ser ouvida, a arte compartilhada para nutrição geral e que o Estado, representante do povo que é, tem que segurar a estrutura e nos manter vivos até chegarmos à nova ordem. Que encontre esta grana. Que milionários usem os altos lucros agora para nos manter viáveis se quiserem ter gente viva consumindo quando o futuro voltar a ser possível. Abaixo os neoliberalistas, abaixo separatistas, abaixo a vida escrota e competitiva até o talo. Coisa tensa. Pois o jogo mudou. O mundo todo se tornou contaminador e contaminável. Neste momento constatamos que paz, igualdade e sobrevivência não são assuntos particulares. Renomados indígenas afirmam que o futuro é um delírio branco pois, no encalço cego deste futuro desprezamos passado e presente, que são simplesmente o seu chão. Estivemos todos muito tempo fora de casa. A mãe Terra nos botou pra dentro. Que nos seja lição. O que do que fomos servirá para o novo mundo que surgirá depois da guerra? Já não somos mais os mesmos.”
Coluna Cercadinho de palavras, Elisa Lucinda, outono inusitado, 2020
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“Nós , os habitantes do planeta TERRA queremos saber QUANDO a quarentena contra o coronavírus vai acabar.
Esta foi a pergunta que mais cresceu entre as pesquisas mundiais
"QUANDO vai acabar a quarentena 2020?"
Mas , “QUANDO um grande Cientista e Matemático fala sobre as Pandemias inclusive a do Coronavírus todos deveriam ouvi-lo com atenção e fazer o que ele aconselha para o futuro voltar a ser possível.“
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