Processo de formação da palavra couve-flor
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Explicação:
A questão que nos traz remete para a formação de palavras, em que sobressaem dois processos (por serem os mais comuns): o da derivação e o da composição.
Das três palavras que nos apresentou, uma é composta (couve-flor) e as outras são derivadas (fusível e telefone), conclusões a que chegámos a partir da análise de cada um dos casos, que passamos a expor:
Couve-flor é, sem qualquer dúvida, uma palavra composta (e não derivada), porque é formada a partir de duas palavras que pertencem ao léxico — couve e flor. Verifica-se, então, que é fruto de «a junção de dois radicais identificáveis pelo falante numa unidade nova de significado único e constante» (Evanildo Bechara, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, Ed. Lucerna, 2002, p. 506). Trata-se, portanto, de um exemplo de composição morfossintáctica (designação usada pelo Dicionário Terminológico, adoptado para o ensino em Portugal), pois a palavra couve-flor formou-se pelo «processo de composição que associa duas ou mais palavras, cuja estrutura depende da relação sintáctica e semântica entre os seus membros, o que tem consequências para a forma como são flexionados em número» (DT), tal como as palavras surdo-mudo, guarda-chuva, via láctea.
Relativamente às palavras formadas por derivação — processo em que as palavras «se formam de outras palavras da língua, mediante o acréscimo ao seu radical de um prefixo ou sufixo» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 1997, p. 82) —, é de referir que não se trata de dois casos óbvios, mas de uma certa complexidade. Repare-se que:
A palavra fusível distingue-se pelo facto de não ser uma palavra derivada em português, porque o seu processo de formação por derivação ocorreu no étimo latino. Por isso, tem de se recorrer à etimologia, à análise histórica da palavra, para que se possa compreender a sua forma a{#c|}tual. Assim, o termo fusível remete etimologicamente para o «radical do latim fusus “fundido” + -i- + -vel» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2009).
Por sua vez, e tendo em conta a tradição escolar, telefone pode ser considerada uma palavra derivada por prefixação, porque, e de acordo com Bechara, o prefixo grego «tele-(distância, afastamento, controlo feito à distância)» (Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, Ed. Lucerna, 2002, p. 369) faz parte da formação da palavra