Português, perguntado por Queenblue00, 6 meses atrás

Problemas que herdamos com o convívio social por conta dos colonizadores?

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Respondido por ILauraMineGamer
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Resposta:

O período da colonização brasileira inicia-se em 1500 na costa litorânea do nordeste. A população era formada por brancos (senhores de engenho), índios catequizados, negros africanos escravizados e mestiços. A sociedade colonial brasileira foi constituída em um modelo patriarcal, onde o homem não era somente o chefe de família, mas também o dono de tudo.

A princípio toda fonte de subsistência da sociedade estava ligada à agricultura e ao latifúndio. A primeira cultura a render lucros foi a cana-de-açúcar, depois o tabaco, seguido do algodão e a pecuária. A maior parte da mão de obra era africana e o objetivo era comercializar com a Europa. Entre os séculos XVI e XVII o Brasil se tornou o maior produtor e exportador de açúcar.

A sociedade foi se estabelecendo em povoados onde o convívio social se resumia à lavoura e atividades da Igreja. No início a casa do senhor de engenho era construída de palha ou sapê, o piso era de terra, havia poucas portas, janelas e mobílias. Eles costumavam dormir em redes, os utensílios de cozinha eram de cerâmica e havia poucos talheres.

A casa grande ficava muito próxima das senzalas e por medida de segurança contra os ataques indígenas e revoltas de escravos, com o tempo, ficaram maiores e mais seguras para o senhor de engenho. Embora a proximidade ainda continuasse a mesma, normalmente os colonos ficavam à frente e os escravos ao fundo, por vezes em pequenos porões.

O senhor de engenho demonstrava sua riqueza através da quantidade de escravos que tinha ou pelas suas vestes. Só depois da vinda da família real para o Brasil em 1808, passou a prevalecer a posse de objetos. A casa grande foi construída perto do engenho, serviu como escola, enfermaria e igreja, onde eram guardadas as joias e os ouros. Eles acreditavam que haveria menos possibilidade de roubar tesouros se estivesse ligada à santidade.

Havia pouco tempo de descanso e logo quando nascia o sol, os homens levavam os escravos para a lavoura e as mulheres designavam as tarefas das escravas, que além de fazerem tarefas domésticas e cozinhar, eram vistas como reprodutoras e cuidadoras das crianças. Não havia água encanada, o que ocasionava um mau cheiro do local. Ao final do dia, era servida uma refeição, os escravos no geral dormiam juntos e haviam guardas nas portas onde eles dormiam para garantirem a segurança dos nobres e evitar fugas de escravos. Os que fossem capturados em fuga, eram espancados na frente da porta da Casa Grande.

As festas que havia nesse período eram inteiramente ligadas aos santos católicos e aniversários de príncipes ou princesas de Portugal. A Páscoa, Semana Santa e o Natal eram datas de grande prestígio. Eram celebradas missas, procissões, comes e bebes e o mais esperado, o baile. Era um momento de muita integralidade entre toda sociedade colonial, vestir roupas novas e luxuosas trazidas da Europa e conversar com as pessoas.

No Natal os senhores de engenho mais ricos preparavam o baile na sua propriedade. Era uma chance de paquerar uns aos outros e proporcionar maior convívio social entre os senhores e as famílias dos vizinhos. O mais interessante era que os escravos também eram liberados para fazer suas festas do modo que queriam. As danças e culto aos deuses africanos atraíam muitos brancos, resultando na interação social e cultural entre esses povos que resultou na formação da sociedade brasileira como um todo. Estudiosos afirmam que essa proximidade foi o que diferenciou a sociedade colonial brasileira das outras colônias, pois permitiu um maior convívio de pessoas e trocas culturais.

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