Principais formas de degradação que ocorre na amazonia
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Com menos árvores sendo derrubadas, o país passou a emitir uma quantidade menor de carbono, gás responsável pelo aquecimento global. Isso colocou o Brasil a caminho de cumprir sua meta de redução de emissões definida na ONU. Só tem um problema: segundo um novo estudo, publicado na revista científica Global Change Biology, esses dados estão subestimados.
De acordo com o estudo, o governo brasileiro calculou as emissões causadas pelo desmatamento - a supressão total da floresta - mas não considerou as emissões causadas pela degradação florestal. Quando uma área é degradada, ela perde árvores nobres pela derrubada seletiva, sofre queimadas e vai perdendo árvores aos poucos, mas grande parte da cobertura florestal se mantém. Esse processo também emite carbono. "Há uma perda muito grande de carbono nas florestas degradadas que não está sendo contabilizada pelo governo brasileiro", diz Erika Berenguer, pesquisadora da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e autora do estudo.
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Foram três anos de análise, sendo que mais da metade em campo, em Santarém e Paragominas, no Pará. Uma equipe de mais de cinquenta pessoas trabalhou na metodologia recomendada pelo IPCC. Eles literalmente mediram as árvores, as folhas mortas e o solo para saber quanto carbono se perde em cada situação. Com base nesses dados, eles calcularam o quanto isso representaria para toda a Amazônia. O resultado: o governo deixa de contar 54 milhões de toneladas de carbono equivalente.