Preciso urgente
LEIA o texto abaixo publicada na revista Ciência Hoje:
“A clonagem tem sido cercada pelo deslumbramento dirigido aos grandes feitos da ciência. No entanto, de modo ambivalente, vem também carregada de preocupações e temores. É possível estudar as peculiaridades desse processo – que desperta tanta polêmica – a partir dos lugares comuns recorrentes nas representações sobre o mesmo. O escândalo moral diante da clonagem decorre do núcleo ideológico da cultura ocidental. É importante ressaltar que esse processo jamais despertou controvérsia entre o grande público enquanto era realizado em animais bem diferentes do ser humano, como anfíbios. O advento de Dolly mudou a situação. Para os geneticistas, a clonagem de um mamífero totalmente formado significou apenas a possibilidade de reprogramar o DNA maduro para que funcionasse como DNA embrionário.
Para os leigos, porém, Dolly representou a ameaça de utilização dessa técnica de clonagem de um mamífero adulto para “copiar” um ser humano. Os debates sobre o tema não condenam o avanço científico – este não é considerado bom nem mau em si mesmo. O imperativo da ciência de aliar progresso e responsabilidade, porém, vem acompanhado da percepção de que formar um clone humano é algo inevitável, porque a ciência, obtidos os meios, não se furtaria à sua aplicação, mesmo que danosa.
Nesse contexto, surgem as acusações contra Antinori e Zavos: tais médicos seriam pseudocientistas, que planejariam criar monstros, como o doutor Frankenstein do livro de Mary Shelley. Isso porque a prática da clonagem humana sugere pesadelos totalitários, como a reencenação do nazismo e das experiências de Josef Mengele (representadas no filme Os meninos do Brasil pela criação de um exército de cópias de Adolf Hitler) ou a concretização do “admirável mundo novo” do romance de Aldous Huxley, com a produção de seres humanos não reconhecidos como tais – ideia também presente no filme Blade Runner, o caçador de androides. Reagindo às críticas, Antinori pretende colocar-se no papel de Galileu Galilei, dizendo ser, como este, um cientista perseguido por interesses obscurantistas”.
A ambivalência mencionada no início do texto DIZ RESPEITO:
a) à dúvida entre reconhecer ou não a clonagem como um avanço científico.
b) ao escândalo provocado pela clonagem de um mamífero, com técnica que abre a possibilidade da clonagem humana.
c) à polêmica gerada pela divulgação da clonagem da ovelha Dolly.
d) à oposição entre o deslumbramento e os temores provocados pela clonagem.
e) às diferentes reações do público diante de animais muito diferentes do ser humano e de um mamífero.
8. Segundo o texto, os médicos Antinori e Zavos:
a) se inspiram no doutor Frankenstein, personagem criado por Mary Shelley, e pretendem criar monstros.
b) são comparados pelos leigos às personagens de ficção criadas por Mary Shelley ou Aldous Huxley.
c) não são cientistas verdadeiros, mas médicos perigosos, que pretendem reproduzir as experiências nazistas.
d) são tão nocivos à humanidade quanto os personagens criados por Mary Shelley ou Aldous Huxley.
e) são cientistas que, como Galileu Galilei, são perseguidos por interesses contrários ao desenvolvimento da ciência.
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Resposta:
Explicação:7-b) ao escândalo provocado pela clonagem de um mamífero, com técnica que abre a possibilidade da clonagem humana.
8-e) são cientistas que, como Galileu Galilei, são perseguidos por interesses contrários ao desenvolvimento da ciência.
Impressora2000:
Muito obrigada
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