Filosofia, perguntado por SimoneLima11, 1 ano atrás

preciso de uma redação sobre violência na escola

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Respondido por Amanda9216
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A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.

O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beavouir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada.

Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência.

Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil.
Respondido por Pamelaeduarda16
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A violência entre os jovens dentro da escola é fruto da ausência de referências positivas no meio onde vivem. Hoje, os pais, mais que depressa, colocam os filhos aos cuidados de babás, creches ou escolas. Chegam em casa exaustos após o dia de trabalho, têm ainda as lidas domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada em segundo plano, sozinha, a ver televisão, ou a brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação familiar centra-se prioritariamente nas necessidades físicas da criança. Todavia, a família não se pode demitir do seu papel e atribuir responsabilidades aos outros agentes educativos na formação dos seus filhos.

As crianças assistem a desenhos animados televisivos nas quais as personagens utilizam a violência para conseguir os seus intentos. O poder de sedução da televisão e a capacidade de imitação das crianças formam uma cumplicidade que pode atuar perigosamente na formação cognitiva destas. Para estas crianças a violência é algo normal, utilizam-na como arma quando consideram que ela é eficaz para conseguir os seus propósitos. Os jovens são os grandes consumidores dos meios audiovisuais, sobretudo Internet, jogos por computador, televisão e música. A televisão é um dos meios que mais violência difunde e a criança ou jovem é o sujeito passivo que mais a consome. Muitas crianças vêem televisão e jogam jogos de caráter lúdico duvidoso, sem qualquer supervisão das figuras parentais. Constroem as suas personalidades de acordo com o que observam, com uma total ausência de discernimento do que é certo ou errado.

A carência de bens mínimos como trabalho, alimentação e habitação de qualidade, aliados a inadaptação social devida à educação deficitária por parte da família ou pelo meio onde o jovem vive; bairro degradado, alcoolismo, droga, tráfico, prostituição, detenção familiar, violência doméstica, furtos, agressão.. Fazem com que os jovens adquiram condutas de acordo com o que vivenciam diariamente, ou seja, com violência. Vivemos num mundo capitalista, dominado pelo "progresso". Caracterizado pela uniformidade dos usos, costumes e bens; que são amplamente difundidos pelas mídias. A uniformidade gera segregação e competição desenfreada, levando os jovens, mal preparados e abandonados pela família, ao perceberem que não podem ter a qualidade de vida que desejam optarem por caminhos ilícitos e violentos.

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