Português, perguntado por Theusin333, 4 meses atrás

Preciso de uma cronica de um objeto perdido pode ser de 10 linhas
a melhor cronica vou dar melhor resposta e ainda 50 pontos

Soluções para a tarefa

Respondido por gspc374
0

Resposta:

ATO DE FÉ

Virgínia Leal

Oh! Fonte infinita de amor

que conhece minhas fraquezas,

e também a minha força

Ativa em mim a confiança

em teus propósitos,

e em meu potencial de superação

e evolução

No sagrado altar da fé

ofereço em sacrifício

as crenças equivocadas,

as dúvidas infundadas,

e o medo de me perder em Ti.

Solenemente, queimo as mazelas

na pira da imolação.

Em labor de entrega,

jogo-me no vácuo

do incompreensível

divino destino

que me reservas

Solto a culpa paralisante,

assumo os erros

e os converto em aprendizado.

Separo o joio do trigo

e ativo a cura que há em mim

Que Tua fonte jorre

a fé que conquistei

e que se afirma

a cada experiência em

que decido por Ti

E fortalecida atravesso

a multidão de descrença,

da hesitação, e de nãos

que há em mim,

e enfim toco a Túnica

Sagrada da transcendência.

A escolha cotidiária pelo divino é a fé em movimento.

Explicação:

Respondido por emillyashley19
0

Resposta:

De repente, você perde algo de que precisa. Estava na sua mão pouco antes, você até se lembra de ter posto em tal lugar, mas já não o encontra, nem no tal lugar nem em canto algum. Você e o objeto não saíram de casa, e em casa ele não está.

Diferente é perder um bem qualquer na rua, caiu da bolsa ou do bolso, você até sabe quando foi, naquela hora em que pegou o lenço ou a carteira. Caiu, já não é seu, foi-se. Improvável que alguém o ache, mais improvável ainda que achando o devolva, a única coisa a fazer é se conformar.

Sendo em casa, tudo muda. A coisa que você procura, que começou a buscar despreocupadamente, ainda sem suspeitar da perda, está ali em algum lugar, disponível mas oculta. Você tem a sensação de que basta olhar de outra maneira, mais intensa talvez, mais percuciente. Ou mais inocente, olhar como se nunca tivesse visto essa casa, esses móveis, essas estantes.

A presença escondida se torna um desafio.

Você começa refazendo o caminho que julga ter seguido quando ainda tinha o objeto na mão, vai até o lugar onde está certo de tê-lo posto, e se ajoelha procurando no chão, tira almofadas, afunda a mão no estofamento, arrasta poltronas. Nada. No entanto, você tem certeza, colocou o objeto ali justamente para não esquecer, marcou mentalmente o lugar, agiu de acordo com a lógica. E agora sofre porque o desaparecimento daquilo de que você precisa com urgência, para terminar um trabalho ou para levar ao encontro já marcado, implode a lógica.

É como se aquilo que você procura tivesse sido tragado por um portal e passado para outra dimensão. Mas o portal não se abre para você.

Não é o mesmo mistério das meias sem par, idêntico em todas as casas, na vida de todos os homens — as mulheres escaparam dessa maldição ancestral graças à invenção da meia-calça. Quando uma meia some, tornando inútil a companheira com que formava par, a regra é esperar para ver se a outra aparece, mesmo sabendo que a solitária passará meses e meses abandonada no fundo de uma gaveta antes de sucumbir à desistência e ser jogada fora. Para as meias há duas versões possíveis. A mais generalizada diz que foram devoradas pela máquina de lavar roupa, que delas se alimenta. A mais sutil está ligada à precariedade das relações, a dificuldade de se manter o par até o desuso, como se a meia que partiu tivesse ido por fastio, cansaço da companheira. Seja qual for a versão, é norma universal incluir o sumiço entre os fenômenos da natureza.

Não há nada natural, porém, em perder algo consistente, sólido, dentro da própria casa.

A próxima etapa é permitir-se pausas. Tratar de outras coisas, sentar diante do computador para escrever a crônica da semana, ligar a televisão para ouvir o noticiário. Espera-se que, iludido por esses disfarces, o objeto saia do seu esconderijo ou que se apiade e volte para aquele mesmo lugar onde você estava certo de tê-lo colocado.

Você se ocupa com outras tarefas, mas o espinho permanece cravado na consciência, e a culpa. Você sabe que houve um deslize na sua atenção, uma traição das sinapses, e que por uma fração de segundo a sua mão, como mão alheia, depositou o objeto em lugar totalmente diferente daquele que você pensa lembrar.

Quando terminar o que está fazendo, é certo que dará mais uma busca. Mas sem tanta convicção, já sabendo que agora, só com a ajuda de São Longuinho.

Explicação:

desculpa pelo tamanho...

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