Português, perguntado por emillybarbara1, 6 meses atrás

Preciso de uma carta aberta sobre o tema DIVERSIDADE E O RESPEITO AS DIFERENÇAS. Uma carta bem feita pra eu poder passar de série, por favor, urgenteeee​

Soluções para a tarefa

Respondido por lesff2009
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Resposta:

Diferença, diversidade, pluralismo, hibridismo – esses são

alguns dos termos mais debatidos e contestados do nosso tempo.

Questões de diferença estão no centro mesmo de muitas

discussões dentro dos feminismos contemporâneos. No campo da

educação na Grã-Bretanha, questões de identidade e comunidade

continuam a dominar os debates que cercam o “multiculturalismo” e o “anti-racismo”. Neste capítulo, considero como

esses temas podem nos ajudar a compreender a racialização do

gênero. Independente das vezes que o conceito é exposto como

vazio, a “raça” ainda atua como um marcador aparentemente

inerradicável de diferença social. O que torna possível que essa

categoria atue dessa maneira? Qual é a natureza das diferenças

sociais e culturais, e o que lhes dá força? Como, então, a diferença

“racial” se liga a diferenças e antagonismos organizados em torno

a outros marcadores como “gênero” e “classe”? Tais questões são

importantes porque podem ajudar a explicar o tenaz investimento

das pessoas em noções de identidade, comunidade e tradição.

Um problema recorrente nessa área é o do essencialismo:

isto é, uma noção de essência última que transcenderia limites

históricos e culturais. Argumento aqui contra um conceito

essencialista de diferença ao mesmo tempo em que problematizo

a questão do “essencialismo”. Em que ponto e de que maneiras,

por exemplo, a especificidade de uma experiência social particular

se torna sinal de essencialismo? Ao revisar debates feministas,

sugiro que os feminismos negro e branco não devem ser vistos

como categorias essencialmente fixas e em oposição, mas antes

como campos historicamente contingentes de contestação dentro

de práticas discursivas e materiais. De modo semelhante,

argumentarei que a análise das interconexões entre racismo,

classe, gênero, sexualidade ou qualquer outro marcador de

“diferença” deve levar em conta a posição dos diferentes racismos

entre si. Acima de tudo, sublinho a importância de uma macroanálise que estude as inter-relações das várias formas de

diferenciação social, empírica e historicamente, mas sem

necessariamente derivar todas elas de uma só instância  

Diferença, diversidade, diferenciação

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determinante. Em outras palavras, tentarei também evitar o perigo

do “reducionismo”. Ao mesmo tempo, chamo a atenção para a

importância de analisar a problemática da subjetividade e

identidade para compreender a dinâmica de poder da

diferenciação social.

O capítulo se divide em três partes. Na primeira, trato das

várias noções de “diferença” que surgiram na recente controvérsia

sobre a categoria “negro” (black) como sinal comum para a

experiência de grupos africanos-caribenhos e do sul da Ásia na

Grã-Bretanha do pós-guerra. Meu objetivo é assinalar como

“negro” operou como sinal contingente em diferentes

circunstâncias políticas. O problema não é saber se o termo

“negro” deveria ter sido mobilizado da maneira como foi. Antes,

meu interesse reside em analisar o tipo de sujeito político que o

movimento negro britânico criou. A segunda seção considera as

maneiras como questões de “diferença” foram enquadradas na

teoria e na prática feministas durante as décadas de 1970 e 1980.

Meu foco principal aqui é o debate britânico. Concluo com um

breve exame de algumas categorias conceituais usadas na

teorização da “diferença”, e sugiro um novo quadro para análise

que, espero, ajudará a esclarecer questões no desenvolvimento de

estratégias políticas para a justiça social.

O que há num nome? O que há numa cor?

Nos últimos anos, o uso do termo “negro” para referir-se a

pessoas de ascendência africana-caribenha e sul asiática na GrãBretanha tem sido objeto de considerável controvérsia. É

importante tratar de alguns desses argumentos, pois eles muitas

vezes giram em torno de noções de “diferença”.

As pessoas africanas-caribenhas e do sul da Ásia que

migraram para a Grã-Bretanha no período do pós-guerra vieram a

ocupar uma posição estrutural semelhante como trabalhadoras

em trabalhos predominantemente não qualificados ou semi

qualificados nas camadas mais baixas da economia. Eram então

espero que ajude bons estudos ! :D

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